Esportividade nas alturas
Ao volante do novíssimo Porsche Cayenne Coupé, contornando as Serras Gaúchas
Guilherme Dearo
Publicado em 7 de novembro de 2019 às 13h29.
Ok, ok: sete, oito, entre dez motoristas, hipoteticamente falando, querem ter ou sonham com um SUV. São modelos apontados por esse público como mais seguros, mais espaços, mais descolados, mais em sintonia com a vida contemporânea, mais, mais, mais. Podem até ser tudo isso, dependendo da avaliação de cada um, do peso que se dá para uma ou outra característica. Mas, quando se escolhe um Porsche para representar essa categoria, convém supor que o condutor, vá lá, o piloto pode até estar à procura de todos aqueles atributos, mas sem abrir mão do que mais encanta os Porschemaníacos: o desempenho.
Eles estão errados? Claro que não!
Semana passada, tive o prazer de rodar mais de 400 quilômetros a bordo do Porsche Cayenne Coupé, o novo representante da linha — desculpem pela falta de modéstia, é trabalho…Percorri trechos de estradas sinuosas nas Serras Gaúchas, que mesclavam bastante asfalto e um pouco de terra e cascalho, em um cenário inspirador até para quem estava no banco dos passageiros, tentando disfarçar a inveja por não assumir o comando. Bastava olhar para os lados! Em nenhum momento me passou pela cabeça que estava ao volante de um carro “apenas” seguro e confortável, a despeito da altura do veículo, da posição de dirigir e das bucólicas paisagens com neblina (captadas pelas lentes do fotógrafo Victor Collor), que de convidativas à velocidade não têm nada, obrigando o mais audaz dos, de novo, pilotos a reduzir para 50, 60 km/h.
Passadas as zonas de desconforto, era só pedir com o pé no acelerador que o SUV entregava como se fosse um coupé esportivo, acionando uma parafernália eletrônica em favor da estabilidade e do desempenho. Aliás, a rigor o Cayenne Coupé pode ser visto como exemplar dessa família, ao menos quando admirado de lateral. Senão, perceba o teto mais rebaixado do meio para a parte de trás. Quem quer soltar a imaginação consegue ver até um toque de 911 na traseira mais larga.
Se nem assim o argumento for convincente, resta a cartada final: a motorização. Eu tive o — reforço — prazer de tocar a versão V6 3.0, que chega a 243 km/h — não, não passei nem perto dessa marca, claro, porque sou prudente e minha CNH agradece… Ainda assim, enquanto tocava a máquina ficava imaginando como deve ser a versão V8 4.0, capaz de beirar nos 300 km/h…De posse desses números, quem há de duvidar que se está a bordo em um legítimo esportivo?
Viagem a convite da Porsche do Brasil.
Chico Barbosa é jornalista, escritor e editor da CBNEWS e autor do blog Car & Fun. Instagram:@carandfun_
Ok, ok: sete, oito, entre dez motoristas, hipoteticamente falando, querem ter ou sonham com um SUV. São modelos apontados por esse público como mais seguros, mais espaços, mais descolados, mais em sintonia com a vida contemporânea, mais, mais, mais. Podem até ser tudo isso, dependendo da avaliação de cada um, do peso que se dá para uma ou outra característica. Mas, quando se escolhe um Porsche para representar essa categoria, convém supor que o condutor, vá lá, o piloto pode até estar à procura de todos aqueles atributos, mas sem abrir mão do que mais encanta os Porschemaníacos: o desempenho.
Eles estão errados? Claro que não!
Semana passada, tive o prazer de rodar mais de 400 quilômetros a bordo do Porsche Cayenne Coupé, o novo representante da linha — desculpem pela falta de modéstia, é trabalho…Percorri trechos de estradas sinuosas nas Serras Gaúchas, que mesclavam bastante asfalto e um pouco de terra e cascalho, em um cenário inspirador até para quem estava no banco dos passageiros, tentando disfarçar a inveja por não assumir o comando. Bastava olhar para os lados! Em nenhum momento me passou pela cabeça que estava ao volante de um carro “apenas” seguro e confortável, a despeito da altura do veículo, da posição de dirigir e das bucólicas paisagens com neblina (captadas pelas lentes do fotógrafo Victor Collor), que de convidativas à velocidade não têm nada, obrigando o mais audaz dos, de novo, pilotos a reduzir para 50, 60 km/h.
Passadas as zonas de desconforto, era só pedir com o pé no acelerador que o SUV entregava como se fosse um coupé esportivo, acionando uma parafernália eletrônica em favor da estabilidade e do desempenho. Aliás, a rigor o Cayenne Coupé pode ser visto como exemplar dessa família, ao menos quando admirado de lateral. Senão, perceba o teto mais rebaixado do meio para a parte de trás. Quem quer soltar a imaginação consegue ver até um toque de 911 na traseira mais larga.
Se nem assim o argumento for convincente, resta a cartada final: a motorização. Eu tive o — reforço — prazer de tocar a versão V6 3.0, que chega a 243 km/h — não, não passei nem perto dessa marca, claro, porque sou prudente e minha CNH agradece… Ainda assim, enquanto tocava a máquina ficava imaginando como deve ser a versão V8 4.0, capaz de beirar nos 300 km/h…De posse desses números, quem há de duvidar que se está a bordo em um legítimo esportivo?
Viagem a convite da Porsche do Brasil.
Chico Barbosa é jornalista, escritor e editor da CBNEWS e autor do blog Car & Fun. Instagram:@carandfun_