Temer congela Ministério da Segurança até eleição na Câmara
Presidente evitar expor rejeição à pasta para driblar indisposição com deputados da "bancada da bala" na Casa
marceloribeirosilva
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 09h39.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h19.
Após se reunir com deputados da bancada da bala na quarta-feira (11), o presidente Michel Temer (PMDB) sinalizou a aliados que rejeitará a proposta de criar o Ministério da Segurança Pública.
Segundo auxiliares do Palácio do Planalto, o peemedebista só deve expor sua posição após a eleição da presidência da Câmara dos Deputados .
Por que Temer optou por colocar a pasta na geladeira e não rejeitou a proposta prontamente? O presidente quis evitar que sua decisão respingasse na eleição ao comando da Casa.
O peemedebista temia que parte da ala conservadora migrasse seus votos para os candidatos do Centrão, Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO),o que poderia colocar em risco uma eventual vitória do atual presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Mesmo sem admitir oficialmente, Temer simpatiza com a possibilidade de Maia ser reconduzido ao cargo em fevereiro. Com isso, ele manteria o compromisso da Casa com a agenda econômica do governo.
Se Maia se confirmar no comando da Câmara, Temer deve rejeitar a criação do Ministério da Segurança Pública, alegando que isso elevaria os gastos da União em um momento de ajuste fiscal.
Após se reunir com deputados da bancada da bala na quarta-feira (11), o presidente Michel Temer (PMDB) sinalizou a aliados que rejeitará a proposta de criar o Ministério da Segurança Pública.
Segundo auxiliares do Palácio do Planalto, o peemedebista só deve expor sua posição após a eleição da presidência da Câmara dos Deputados .
Por que Temer optou por colocar a pasta na geladeira e não rejeitou a proposta prontamente? O presidente quis evitar que sua decisão respingasse na eleição ao comando da Casa.
O peemedebista temia que parte da ala conservadora migrasse seus votos para os candidatos do Centrão, Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO),o que poderia colocar em risco uma eventual vitória do atual presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Mesmo sem admitir oficialmente, Temer simpatiza com a possibilidade de Maia ser reconduzido ao cargo em fevereiro. Com isso, ele manteria o compromisso da Casa com a agenda econômica do governo.
Se Maia se confirmar no comando da Câmara, Temer deve rejeitar a criação do Ministério da Segurança Pública, alegando que isso elevaria os gastos da União em um momento de ajuste fiscal.