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Pokémon e Mario Bros: o sucesso das marcas da Nintendo

Pouco mais de um mês após seu lançamento, o Pokémon GO continua seu avanço pelo mundo, conquistando consumidores aos milhões por onde passa. Mas ele não conquista só consumidores. Seguindo o sucesso do jogo, a Nintendo chegou a ter uma valorização de 93% em suas ações (veja aqui). Elas até chegaram a cair posteriormente, pelas dificuldades de se lançar o jogo no Japão em função, veja só, de sobrecarga nos […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 16h59.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h30.

Pouco mais de um mês após seu lançamento, o Pokémon GO continua seu avanço pelo mundo, conquistando consumidores aos milhões por onde passa. Mas ele não conquista só consumidores. Seguindo o sucesso do jogo, a Nintendo chegou a ter uma valorização de 93% em suas ações (veja aqui ). Elas até chegaram a cair posteriormente, pelas dificuldades de se lançar o jogo no Japão em função, veja só, de sobrecarga nos servidores (veja reportagem aq ui ). Mesmo quando há um insucesso, ele é devido ao excesso de sucesso.

O jogo deve romper os USD4 bilhões de faturamento no ano, superando o Candy Crush como o maior lançamento de jogos para celulares do mundo. Pokémon GO é muito bem feito, com dinâmica envolvente e tecnologia com ares de novidade para os consumidores, ainda que alguns especialistas digam que ela não é assim tão inovadora. Mas ele teria o mesmo sucesso se não estivesse utilizando a marca Pokémon? A resposta é não!

Pokémon GO, o primeiro jogo de realidade aumentada a se tornar um fenômeno mundial

Pokémon começou a criar sua história em 1995, quando foi lançado como um jogo para Game Boy, console de mão da Nintendo. Milhões de pessoas ao redor do mundo compraram e passaram a se envolver com a história dos treinadores de Pokémon, que devem capturar os Pokémons para depois treina-los para competir com outros Pokémons, de outros treinadores.

O sucesso do jogo foi seguido por filmes (foram lançados 18 deles entre 1998 e 2015), uma série animada para a televisão, mangás, e jogos de cartas. Ele é uma febre em todo o mundo, e criou uma conexão com aqueles que eram crianças em 1995 (que hoje devem ter por volta de 30 anos) e com gerações mais recentes. Esse sucesso com as gerações passadas explica o sucesso presente.

O jogo tem sido jogado, além de pelas crianças, por muitos adultos, acompanhados ou não de seus filhos. Isso acontece pois ao ver o jogo repaginado numa dinâmica moderna, foi acionado um elemento chamado “conexão nostálgica”, que é algo bastante utilizado por marcas para criar proximidade com consumidores.

Conexão nostálgica é uma sensação que as pessoas tem quando confrontadas com algo que as remete ao passado. Os seres humanos tendem a eliminar lembranças negativas, e guardar especialmente as positivas. O passado é comumente lembrado como uma época que se julga mais tranquila, mas confortável e mais feliz. A marca Pokémon, tendo participado da infância de muitos hoje pais e mães, faz essa conexão, e leva essas pessoas a se entusiasmarem a voltar a brincar com os personagens. E isso explica o sucesso avassalador do jogo.

Veja que Candy Crush foi um enorme sucesso. Mas nem de longe chegou à repercussão que Pokémon GO está tendo no mercado. A tecnologia do jogo ajuda, sem dúvida, mas qual seria o sucesso desse mesmo jogo se as pessoas tivessem que caçar “Sdruvs”, ou “Insectos”? Provavelmente, muito menor.

Os antigos gráficos dos jogos de Pokémon do Game Boy, que estimulam a lembrança nostálgica

A marca Pokémon e seus personagens são os grandes responsáveis pelo sucesso do Pokémon GO. E os grandes responsáveis pela manutenção da saúde financeira da empresa Nintendo. Muitas vezes taxada como o “primo pobre” do mercado de games, quando comparada ao Xbox e Sony Playstation, já teve sua falência decretada por muitos especialistas desse mercado. Mas segue mais forte do que nunca, pois continua tendo a propriedade de seus principais ativos: as marcas de seus personagens.

Além de Pokémon, a Nintendo é dona da marca “Mario Bros”. Sim, o Mario é aquele personagem italiano que, além de conhecido por todo o mundo em função dos jogos eletrônicos, vestiu o primeiro ministro do Japão na cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio de Janeiro.

Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, vestido de Mario e saindo do tradicional cano verde

A Nintendo continua grande porque criou marcar fortes. A marca Pokémon é a razão do sucesso do Pokémon GO, e a marca Mario Bros, ao que parece, pode voltar com tudo, aumentando o sucesso da empresa no mercado e o valor de suas ações nas bolsas de valores. Essas marcas são impossíveis de serem copiadas, e são vantagens competitivas sustentáveis. Enquanto a Xbox e o Playstation vão continuar a gastar milhões tentando superar um ao outro tecnologicamente, a Nintendo parece seguir um caminho paralelo, continuando a fortalecer suas marcas como ícones mundiais.

Pouco mais de um mês após seu lançamento, o Pokémon GO continua seu avanço pelo mundo, conquistando consumidores aos milhões por onde passa. Mas ele não conquista só consumidores. Seguindo o sucesso do jogo, a Nintendo chegou a ter uma valorização de 93% em suas ações (veja aqui ). Elas até chegaram a cair posteriormente, pelas dificuldades de se lançar o jogo no Japão em função, veja só, de sobrecarga nos servidores (veja reportagem aq ui ). Mesmo quando há um insucesso, ele é devido ao excesso de sucesso.

O jogo deve romper os USD4 bilhões de faturamento no ano, superando o Candy Crush como o maior lançamento de jogos para celulares do mundo. Pokémon GO é muito bem feito, com dinâmica envolvente e tecnologia com ares de novidade para os consumidores, ainda que alguns especialistas digam que ela não é assim tão inovadora. Mas ele teria o mesmo sucesso se não estivesse utilizando a marca Pokémon? A resposta é não!

Pokémon GO, o primeiro jogo de realidade aumentada a se tornar um fenômeno mundial

Pokémon começou a criar sua história em 1995, quando foi lançado como um jogo para Game Boy, console de mão da Nintendo. Milhões de pessoas ao redor do mundo compraram e passaram a se envolver com a história dos treinadores de Pokémon, que devem capturar os Pokémons para depois treina-los para competir com outros Pokémons, de outros treinadores.

O sucesso do jogo foi seguido por filmes (foram lançados 18 deles entre 1998 e 2015), uma série animada para a televisão, mangás, e jogos de cartas. Ele é uma febre em todo o mundo, e criou uma conexão com aqueles que eram crianças em 1995 (que hoje devem ter por volta de 30 anos) e com gerações mais recentes. Esse sucesso com as gerações passadas explica o sucesso presente.

O jogo tem sido jogado, além de pelas crianças, por muitos adultos, acompanhados ou não de seus filhos. Isso acontece pois ao ver o jogo repaginado numa dinâmica moderna, foi acionado um elemento chamado “conexão nostálgica”, que é algo bastante utilizado por marcas para criar proximidade com consumidores.

Conexão nostálgica é uma sensação que as pessoas tem quando confrontadas com algo que as remete ao passado. Os seres humanos tendem a eliminar lembranças negativas, e guardar especialmente as positivas. O passado é comumente lembrado como uma época que se julga mais tranquila, mas confortável e mais feliz. A marca Pokémon, tendo participado da infância de muitos hoje pais e mães, faz essa conexão, e leva essas pessoas a se entusiasmarem a voltar a brincar com os personagens. E isso explica o sucesso avassalador do jogo.

Veja que Candy Crush foi um enorme sucesso. Mas nem de longe chegou à repercussão que Pokémon GO está tendo no mercado. A tecnologia do jogo ajuda, sem dúvida, mas qual seria o sucesso desse mesmo jogo se as pessoas tivessem que caçar “Sdruvs”, ou “Insectos”? Provavelmente, muito menor.

Os antigos gráficos dos jogos de Pokémon do Game Boy, que estimulam a lembrança nostálgica

A marca Pokémon e seus personagens são os grandes responsáveis pelo sucesso do Pokémon GO. E os grandes responsáveis pela manutenção da saúde financeira da empresa Nintendo. Muitas vezes taxada como o “primo pobre” do mercado de games, quando comparada ao Xbox e Sony Playstation, já teve sua falência decretada por muitos especialistas desse mercado. Mas segue mais forte do que nunca, pois continua tendo a propriedade de seus principais ativos: as marcas de seus personagens.

Além de Pokémon, a Nintendo é dona da marca “Mario Bros”. Sim, o Mario é aquele personagem italiano que, além de conhecido por todo o mundo em função dos jogos eletrônicos, vestiu o primeiro ministro do Japão na cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio de Janeiro.

Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, vestido de Mario e saindo do tradicional cano verde

A Nintendo continua grande porque criou marcar fortes. A marca Pokémon é a razão do sucesso do Pokémon GO, e a marca Mario Bros, ao que parece, pode voltar com tudo, aumentando o sucesso da empresa no mercado e o valor de suas ações nas bolsas de valores. Essas marcas são impossíveis de serem copiadas, e são vantagens competitivas sustentáveis. Enquanto a Xbox e o Playstation vão continuar a gastar milhões tentando superar um ao outro tecnologicamente, a Nintendo parece seguir um caminho paralelo, continuando a fortalecer suas marcas como ícones mundiais.

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