Exame.com
Continua após a publicidade

Não existe vida sem marcas

É com muito prazer que inicio este blog dedicado a abordar especialmente como as marcas fazem parte do nosso cotidiano pessoal e empresarial, fazendo a relação entre branding, consumo e negócios. Marcas ainda são pensadas como o reflexo dos esforços publicitários e de comunicação das empresas, mas felizmente hoje essa percepção tem mudado, abrindo espaço para a reflexão sobre toda a complexidade de fatores que envolvem a criação e a […] Leia mais

B
Branding, Consumo e Negócios

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às, 15h58.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h09.

É com muito prazer que inicio este blog dedicado a abordar especialmente como as marcas fazem parte do nosso cotidiano pessoal e empresarial, fazendo a relação entre branding, consumo e negócios.

Marcas ainda são pensadas como o reflexo dos esforços publicitários e de comunicação das empresas, mas felizmente hoje essa percepção tem mudado, abrindo espaço para a reflexão sobre toda a complexidade de fatores que envolvem a criação e a gestão de marcas.

Para os consumidores, as marcas são expressões de sua personalidade.  Ao fazer escolhas, os consumidores não estão preocupados apenas com os aspectos de qualidade e garantia de um produto, mas sim com o conjunto de significados e valores que o uso daquela marca pode trazer à sua personalidade. Toda vez que uma marca é comprada, nasce um símbolo nas mãos de um consumidor.

O Advertising Age fez recentemente uma pesquisa entre especialistas em marketing e publicidade para escolher as melhores campanhas do século XXI. Das 10 campanhas escolhidas, 8 faziam menção às sensações e simbologias das marcas, e apenas duas à produtos e diferenciais funcionais. Mesmo sem representar o mercado como um todo, a escolha dos especialistas mostra algo muito claramente: as pessoas não compram os produtos que uma marca tem; elas compram aquilo que a marca é. Porque as marcas nos ajudam a pertencer, a nos fazer desejáveis, e a nos sentir parte de um grupo.

Para as empresas, as marcas não são apenas maneiras de aumentar o volume de vendas, ou de fazer sua ação valer mais na bolsa de valores. As marcas indicam como uma empresa pensa e age, direcionando também como os seus colaboradores devem se comportar. A força da marca é tão poderosa que estudos mostram que empresas que possuem marcas fortes tendem a pagar menos os seus funcionários, e por um motivo simples: pertencer àquela organização é motivo de orgulho o suficiente para que os colaboradores abram mão de um rendimento maior para ajudar a construir aqueles valores. Portanto, as marcas são tão importantes para o departamento de recursos humanos quanto para o departamento de marketing.

Devemos encarar as marcas como algo presente e espalhado por toda uma organização, e não apenas responsabilidade de áreas de marketing e comunicação. Devemos entender que as marcas fazem parte de qualquer interação humana, e não apenas no momento de escolher um produto. Pois podemos amar ou odiar as marcas. Podemos falar bem ou mal de suas estratégias, ou dos reflexos que elas tem na nossa sociedade. Mas não podemos ignora-las, pois elas são partes de nós.