Não é hora de Luciano fechar a Use Huck?
Luciano Huck é um fenômeno nos negócios. O apresentador foi dono de bares, restaurantes e casas noturnas antes de se tornar apresentador de televisão. Foi sócio do Peixe Urbano, um dos sites de compra coletiva mais bem sucedidos do país. Ele possui desde 2010 a Joá Investimentos, que tem participação em mais de 20 empresas das mais diversas áreas e reportou um lucro líquido de R$8,6 milhões em 2013. Entre […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2015 às 17h52.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h07.
Luciano Huck é um fenômeno nos negócios. O apresentador foi dono de bares, restaurantes e casas noturnas antes de se tornar apresentador de televisão. Foi sócio do Peixe Urbano, um dos sites de compra coletiva mais bem sucedidos do país. Ele possui desde 2010 a Joá Investimentos, que tem participação em mais de 20 empresas das mais diversas áreas e reportou um lucro líquido de R$8,6 milhões em 2013. Entre seus investimentos estão o Porta dos Fundos e a grife Reserva.
Luciano Huck é um fenômeno como garoto propaganda. É uma das celebridades que mais consegue passar credibilidade no Brasil, e possui contratos multimilionários com gigantes como Coca Cola, Itaú, Tim, P&G, Pfizer, e mais recentemente, a Perdigão.
Pode-se criticar uma série de coisas a respeito dele, mas não vamos nos enganar: ele vende. Se não vendesse, não seria contratado por tantas e tão diferentes marcas, e não teria o seu contrato renovado ano após ano. Além de vender como garoto propaganda, ele também vende em seu programa, com merchandising. É, antes de mais nada, um vendedor.
Contudo, um garoto propaganda vale tanto quanto sua reputação. E as grandes marcas que o contratam certamente não deixarão sua credibilidade ser manchada por malfeitos de seus garotos propaganda. Qualquer mínimo deslize é hoje punido com apedrejamento virtual nas praças públicas das redes sociais. Portanto, extrema cautela é recomendável, especialmente para aqueles que vivem de vender a sua credibilidade.
Nesse sentido, Huck tem escorregado na gestão de sua imagem. Além do conhecido processo movido contra ele pela prefeitura de Angra dos Reis por crime ambiental, ele foi acusado de promover o Peixe Urbano durante a tragédia da região serrana do RJ, em 2011, e de usar um smartphone com chip da Vivo para fazer postagens, quando é contratado da concorrente TIM.
Mas a grife de roupas Use Huck tem sido uma verdadeira catástrofe. Tecnicamente, se há um vínculo de nome entre uma celebridade e um produto, há uma intensa troca de associações entre eles. Ou seja, se a celebridade tiver um problema, a reputação do produto é manchada. E se o produto incorrer em problemas, a imagem da celebridade também é prejudicada. Quando celebridades resolvem fazer esse tipo de negócio, elas o fazem com empresas idôneas, que não ofereçam perigo às suas valiosas imagens.
A primeira vez que se ouviu falar da marca Use Huck foi quando ela foi acusada de tentar lucrar com o caso de racismo sofrido por Daniel Alves durante o jogo do Barcelona, que virou o movimento #somostodosmacacos.
Pegou mal para a marca e muito mal para Luciano Huck, que deixou a impressão de ter usado o grave caso de racismo para ganhar uns trocados. Afinal, ele é o dono e a personalização desta marca, e a responsabilidade sobre as ações da marca é atribuída diretamente a ele.
Posteriormente, houve o grosseiro erro de associar a frase “vem ni mim que eu to facin” a uma criança. O que dizer de uma falha como essa? No mínimo lamentável.
Ninguém acredita que Luciano Huck apoie a pedofilia. Ou que a sua marca o faça. Mas é constrangedor para o empresário Huck ter uma empresa sob seu comando que cometa um erro como este. E é constrangedor para a celebridade Huck ter o seu nome associado a uma empresa como esta. Se um de seus patrocinadores fosse acusado de coisa similar, ele teria todo o direito de solicitar o rompimento do contrato.
Uma pequena empresa como a Use Huck, que vive de vender camisetas virtualmente, deve representar uma pequena fração do que Luciano Huck fatura. Mas representa um grande risco para sua imagem. Sustentar uma marca que começou errado, e que terá um longo caminho para conquistar credibilidade, é uma boa opção de negócios? Ou será que não é melhor engolir o orgulho, e fechá-la?
Luciano Huck é um fenômeno nos negócios. O apresentador foi dono de bares, restaurantes e casas noturnas antes de se tornar apresentador de televisão. Foi sócio do Peixe Urbano, um dos sites de compra coletiva mais bem sucedidos do país. Ele possui desde 2010 a Joá Investimentos, que tem participação em mais de 20 empresas das mais diversas áreas e reportou um lucro líquido de R$8,6 milhões em 2013. Entre seus investimentos estão o Porta dos Fundos e a grife Reserva.
Luciano Huck é um fenômeno como garoto propaganda. É uma das celebridades que mais consegue passar credibilidade no Brasil, e possui contratos multimilionários com gigantes como Coca Cola, Itaú, Tim, P&G, Pfizer, e mais recentemente, a Perdigão.
Pode-se criticar uma série de coisas a respeito dele, mas não vamos nos enganar: ele vende. Se não vendesse, não seria contratado por tantas e tão diferentes marcas, e não teria o seu contrato renovado ano após ano. Além de vender como garoto propaganda, ele também vende em seu programa, com merchandising. É, antes de mais nada, um vendedor.
Contudo, um garoto propaganda vale tanto quanto sua reputação. E as grandes marcas que o contratam certamente não deixarão sua credibilidade ser manchada por malfeitos de seus garotos propaganda. Qualquer mínimo deslize é hoje punido com apedrejamento virtual nas praças públicas das redes sociais. Portanto, extrema cautela é recomendável, especialmente para aqueles que vivem de vender a sua credibilidade.
Nesse sentido, Huck tem escorregado na gestão de sua imagem. Além do conhecido processo movido contra ele pela prefeitura de Angra dos Reis por crime ambiental, ele foi acusado de promover o Peixe Urbano durante a tragédia da região serrana do RJ, em 2011, e de usar um smartphone com chip da Vivo para fazer postagens, quando é contratado da concorrente TIM.
Mas a grife de roupas Use Huck tem sido uma verdadeira catástrofe. Tecnicamente, se há um vínculo de nome entre uma celebridade e um produto, há uma intensa troca de associações entre eles. Ou seja, se a celebridade tiver um problema, a reputação do produto é manchada. E se o produto incorrer em problemas, a imagem da celebridade também é prejudicada. Quando celebridades resolvem fazer esse tipo de negócio, elas o fazem com empresas idôneas, que não ofereçam perigo às suas valiosas imagens.
A primeira vez que se ouviu falar da marca Use Huck foi quando ela foi acusada de tentar lucrar com o caso de racismo sofrido por Daniel Alves durante o jogo do Barcelona, que virou o movimento #somostodosmacacos.
Pegou mal para a marca e muito mal para Luciano Huck, que deixou a impressão de ter usado o grave caso de racismo para ganhar uns trocados. Afinal, ele é o dono e a personalização desta marca, e a responsabilidade sobre as ações da marca é atribuída diretamente a ele.
Posteriormente, houve o grosseiro erro de associar a frase “vem ni mim que eu to facin” a uma criança. O que dizer de uma falha como essa? No mínimo lamentável.
Ninguém acredita que Luciano Huck apoie a pedofilia. Ou que a sua marca o faça. Mas é constrangedor para o empresário Huck ter uma empresa sob seu comando que cometa um erro como este. E é constrangedor para a celebridade Huck ter o seu nome associado a uma empresa como esta. Se um de seus patrocinadores fosse acusado de coisa similar, ele teria todo o direito de solicitar o rompimento do contrato.
Uma pequena empresa como a Use Huck, que vive de vender camisetas virtualmente, deve representar uma pequena fração do que Luciano Huck fatura. Mas representa um grande risco para sua imagem. Sustentar uma marca que começou errado, e que terá um longo caminho para conquistar credibilidade, é uma boa opção de negócios? Ou será que não é melhor engolir o orgulho, e fechá-la?