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Vai acontecer por aqui também: e-commerce chinês já é maior que o físico

Uma atividade tão antiga quanto a humanidade tem muito a mudar e evoluir por conta da tecnologia

Cada vez mais vamos realizar compras online por comodidade, preço e outros tantos fatores (Emilija Manevska/Getty Images)
KS

Karina Souza

Publicado em 17 de março de 2021 às 19h04.

Nenhum país tem um ecossistema de e-commerce tão forte quanto a China. Em 2021, as vendas online deverão, pela primeira vez, ultrapassar o varejo físico, batendo 52,1%.  Nos EUA – terra da Amazon -, esse número é de 15%, aproximadamente. No Brasil, ainda não passa de 10%, mesmo com a explosão de Magazine Luiza, Amazon e outras concorrentes nos últimos anos. Com pandemia, esse número deve subir em breve, mas não de maneira muito significativa.

O país que mais se aproxima da China é a Coreia do Sul, com previsão de que o varejo eletrônico represente 28,9% das vendas no país.  É impressionante como o gigante asiático está na frente dos outros, estimulado pela existência de supperapps no país, como o WeChat – que funciona como loja, rede social, banco e sistema de pagamentos, e outros negócios inovadores como Alibaba e Pinduoduo.

As compras onlines na China foram abraçadas pelos chineses. Dinheiro físico praticamente inexiste por lá, que usam os aplicativos para pagar via QR Code e armazenar seu dinheiro, como contas digitais de banco. Isso facilita muito a confiabilidade no ecossistema, e garante que cada vez mais usuários comprem online – uma das grandes barreiras é a falta de confiança, coisa que está acabando na China.

A China mostra que o varejo, uma atividade tão antiga quanto a humanidade, tem muito a mudar e evoluir por conta da tecnologia: dados passam a ser utilizados para compreender e antecipar a movimentação dos usuários, o que aumenta a eficácia.

O contato humano também passa a ser muito maior, já que vendedores podem ficar em constante comunicação com clientes através de plataformas como WhatsApp. E na China, vemos também o Live Commerce pegando cada vez mais forte – o que deverá ser a próxima tendência por aqui também.

A oferta de produtos também é muito maior – um produtor artesanal passa a poder oferecer seu produto por todo o país, por exemplo. Ao olhar para o gigante asiático e projetar mudanças, muitas empresas por aqui tem muito a ganhar em escala, eficiência e eficácia – desbloqueando os enormes benefícios de uma gestão e análise de dados.

Afinal, o presente deles no e-commerce é o nosso futuro: cada vez mais vamos realizar compras online por comodidade, preço e outros tantos fatores. Cabe as empresas encontrarem uma forma de se aproveitar disso e se adaptarem ao movimento que os consumidores já estão sinalizando – algumas empresas – como o próprio Magazine Luiza – já começaram a se movimentar no caminho da transformação digital.

O tamanho do mercado é gigante, e a pandemia – por mais terrível que ela seja – pode ser usada como um momento para a “mudança” de chave. Afinal, ela força uma mudança do consumidor e dos lojistas também, tirando os dois lados da zona de conforto. Ganha quem souber prestar mais atenção ao que vem acontecendo mundo afora...

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Nenhum país tem um ecossistema de e-commerce tão forte quanto a China. Em 2021, as vendas online deverão, pela primeira vez, ultrapassar o varejo físico, batendo 52,1%.  Nos EUA – terra da Amazon -, esse número é de 15%, aproximadamente. No Brasil, ainda não passa de 10%, mesmo com a explosão de Magazine Luiza, Amazon e outras concorrentes nos últimos anos. Com pandemia, esse número deve subir em breve, mas não de maneira muito significativa.

O país que mais se aproxima da China é a Coreia do Sul, com previsão de que o varejo eletrônico represente 28,9% das vendas no país.  É impressionante como o gigante asiático está na frente dos outros, estimulado pela existência de supperapps no país, como o WeChat – que funciona como loja, rede social, banco e sistema de pagamentos, e outros negócios inovadores como Alibaba e Pinduoduo.

As compras onlines na China foram abraçadas pelos chineses. Dinheiro físico praticamente inexiste por lá, que usam os aplicativos para pagar via QR Code e armazenar seu dinheiro, como contas digitais de banco. Isso facilita muito a confiabilidade no ecossistema, e garante que cada vez mais usuários comprem online – uma das grandes barreiras é a falta de confiança, coisa que está acabando na China.

A China mostra que o varejo, uma atividade tão antiga quanto a humanidade, tem muito a mudar e evoluir por conta da tecnologia: dados passam a ser utilizados para compreender e antecipar a movimentação dos usuários, o que aumenta a eficácia.

O contato humano também passa a ser muito maior, já que vendedores podem ficar em constante comunicação com clientes através de plataformas como WhatsApp. E na China, vemos também o Live Commerce pegando cada vez mais forte – o que deverá ser a próxima tendência por aqui também.

A oferta de produtos também é muito maior – um produtor artesanal passa a poder oferecer seu produto por todo o país, por exemplo. Ao olhar para o gigante asiático e projetar mudanças, muitas empresas por aqui tem muito a ganhar em escala, eficiência e eficácia – desbloqueando os enormes benefícios de uma gestão e análise de dados.

Afinal, o presente deles no e-commerce é o nosso futuro: cada vez mais vamos realizar compras online por comodidade, preço e outros tantos fatores. Cabe as empresas encontrarem uma forma de se aproveitar disso e se adaptarem ao movimento que os consumidores já estão sinalizando – algumas empresas – como o próprio Magazine Luiza – já começaram a se movimentar no caminho da transformação digital.

O tamanho do mercado é gigante, e a pandemia – por mais terrível que ela seja – pode ser usada como um momento para a “mudança” de chave. Afinal, ela força uma mudança do consumidor e dos lojistas também, tirando os dois lados da zona de conforto. Ganha quem souber prestar mais atenção ao que vem acontecendo mundo afora...

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