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O que é uma DNBV e como elas conseguem concorrer com marcas consolidadas no comércio?

Empresas digitalmente nativas possuem negócios com estrutura vertical e controlam todo o processo: da fabricação do produto, venda, até o atendimento

As DNBV já nascem conectadas com o digital. (Georgijevic/Getty Images)
BV
Bora Varejo

Colunista

Publicado em 25 de agosto de 2023 às 15h58.

“Empresa que não existe no digital, não existe”. Apesar de já bastante difundida, essa frase ainda traz uma reflexão sobre a digitalização do varejo e a mudança no modelo de consumo dos consumidores ao redor do mundo. Não é raro que o processo de decisão de compra aconteça após uma boa pesquisa sobre o produto ou serviço nas redes sociais. Tem um bom número de seguidores? Quando foi a última postagem? Como se posiciona nas redes? Esses questionamentos não passam despercebidos na nova forma de consumo, e é aí que ganham vantagem as DNBV  (Digitally Native Vertical Brand), ou seja, empresas digitalmente nativas e que possuem negócios com estrutura vertical - controlam todo o processo: da fabricação do produto, venda, até o atendimento.

O que é uma DNBV?

Foi o fundador da Bonobos, uma loja online de roupas, que criou o termo DNVB em 2016. Por serem empresas digitais desde o nascimento, elas são muito focadas na experiência do cliente como um todo. Tendo em vista que a experiência de compra física possui muitos fatores que saem na frente do digital, as empresas 100% online precisam, a todo momento, se preocupar em conquistar proximidade com o público e entender quais suas necessidades e demandas.

Elas são focadas no modelo de venda D2C (direct to consumer) e seu canal de venda é majoritariamente o e-commerce. Mas não se engane, nem todo e-commerce é uma DNBV. É necessário muito mais detalhes e estratégias para criar uma marca do que um site de vendas apenas.

Frequentemente, em algum ponto da sua jornada, as DNBV passam também a ter apoios em locais de venda física. Seja com guideshops (um espaço comercial físico onde o consumidor pode ver, tocar e experimentar os produtos de uma marca e, então, receber os itens comprados em casa) ou colocando os seus produtos para venda em lojas de parceiros.

Por que as DNBV ganham vantagens sobre as empresas que se digitalizam depois?

As DNBV já nascem conectadas com o digital. Definir propósito de marca, identidade social,  firmar e aproximar a comunicação com o público e entender a experiência de compra do cliente do começo ao fim é algo inerente à natureza dessas empresas. Portanto, o processo de se posicionar no digital acaba sendo mais fluido e sólido. As DNBV entendem, desde sua criação, a importância da relevância do online para a marca e usam isso sempre ao seu favor.

Já por sua vez, as empresas que buscam se solidificar nas redes após longos anos de existência, encontram o desafio de reinventar o próprio marketing e formas de comunicação. Pautas sociais e ambientais, por exemplo, que antes poderiam ser deixadas de lado, ganham outro valor nas redes, e as marcas, cada vez mais, precisam se preocupar com o posicionamento sobre temas polêmicos da sociedade.

Com mais acesso a informação, o público nas redes se torna mais crítico e exigente. Segundo umestudo realizado pela InPress Porter Novelli em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), cerca de 90% dos consumidores confiam mais em uma empresa com propósito e 88% preferem comprar de marcas que defendem algo maior do que seus produtos e serviços

Quais os desafios das DNBV?

Gerar confiança na marca, logística, agilidade na entrega e a conquista do público com mais idade são alguns dos desafios que essas empresas encontram. Por isso, o público engajado nas redes é tão importante. Demonstrar autoridade em seu nicho e fazer com que os clientes se tornem propagadores naturais da marca, farão com que uma DNBV desperte o desejo de compra mesmo à distância.

Um case de sucesso

A Holysoup, uma DNBV de sopas naturais, achou uma brecha no mercado e atuou como a pioneira no nicho de sopas saudáveis no Brasil. Segundo o Fórum Ecom, apenas 12% das vendas online no Brasil são do nicho de alimentação. Foi aí que a marca queridinha do universo de alimentos práticos e saudáveis viu uma oportunidade e atingiu a marca de quase meio milhão de seguidores em menos de dois anos de existência.

Eles alinharam fatores importantes como: um bom marketing estratégico, uma comunicação próxima dos clientes, uma experiência de compra fácil e cercada de detalhes e um produto eficiente, voltado para as necessidades do seu nicho: mulheres que querem se alimentar bem com praticidade.

Assim, a Holysoup bate de frente com as grandes marcas de sopas pré prontas como a Maggie e sai na frente por garantir uma refeição realmente saudável e apoiadora do movimento CLEAN LABEL, que incentiva rótulos limpos e com ingredientes facilmente entendidos por todos os consumidores.

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“Empresa que não existe no digital, não existe”. Apesar de já bastante difundida, essa frase ainda traz uma reflexão sobre a digitalização do varejo e a mudança no modelo de consumo dos consumidores ao redor do mundo. Não é raro que o processo de decisão de compra aconteça após uma boa pesquisa sobre o produto ou serviço nas redes sociais. Tem um bom número de seguidores? Quando foi a última postagem? Como se posiciona nas redes? Esses questionamentos não passam despercebidos na nova forma de consumo, e é aí que ganham vantagem as DNBV  (Digitally Native Vertical Brand), ou seja, empresas digitalmente nativas e que possuem negócios com estrutura vertical - controlam todo o processo: da fabricação do produto, venda, até o atendimento.

O que é uma DNBV?

Foi o fundador da Bonobos, uma loja online de roupas, que criou o termo DNVB em 2016. Por serem empresas digitais desde o nascimento, elas são muito focadas na experiência do cliente como um todo. Tendo em vista que a experiência de compra física possui muitos fatores que saem na frente do digital, as empresas 100% online precisam, a todo momento, se preocupar em conquistar proximidade com o público e entender quais suas necessidades e demandas.

Elas são focadas no modelo de venda D2C (direct to consumer) e seu canal de venda é majoritariamente o e-commerce. Mas não se engane, nem todo e-commerce é uma DNBV. É necessário muito mais detalhes e estratégias para criar uma marca do que um site de vendas apenas.

Frequentemente, em algum ponto da sua jornada, as DNBV passam também a ter apoios em locais de venda física. Seja com guideshops (um espaço comercial físico onde o consumidor pode ver, tocar e experimentar os produtos de uma marca e, então, receber os itens comprados em casa) ou colocando os seus produtos para venda em lojas de parceiros.

Por que as DNBV ganham vantagens sobre as empresas que se digitalizam depois?

As DNBV já nascem conectadas com o digital. Definir propósito de marca, identidade social,  firmar e aproximar a comunicação com o público e entender a experiência de compra do cliente do começo ao fim é algo inerente à natureza dessas empresas. Portanto, o processo de se posicionar no digital acaba sendo mais fluido e sólido. As DNBV entendem, desde sua criação, a importância da relevância do online para a marca e usam isso sempre ao seu favor.

Já por sua vez, as empresas que buscam se solidificar nas redes após longos anos de existência, encontram o desafio de reinventar o próprio marketing e formas de comunicação. Pautas sociais e ambientais, por exemplo, que antes poderiam ser deixadas de lado, ganham outro valor nas redes, e as marcas, cada vez mais, precisam se preocupar com o posicionamento sobre temas polêmicos da sociedade.

Com mais acesso a informação, o público nas redes se torna mais crítico e exigente. Segundo umestudo realizado pela InPress Porter Novelli em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD), cerca de 90% dos consumidores confiam mais em uma empresa com propósito e 88% preferem comprar de marcas que defendem algo maior do que seus produtos e serviços

Quais os desafios das DNBV?

Gerar confiança na marca, logística, agilidade na entrega e a conquista do público com mais idade são alguns dos desafios que essas empresas encontram. Por isso, o público engajado nas redes é tão importante. Demonstrar autoridade em seu nicho e fazer com que os clientes se tornem propagadores naturais da marca, farão com que uma DNBV desperte o desejo de compra mesmo à distância.

Um case de sucesso

A Holysoup, uma DNBV de sopas naturais, achou uma brecha no mercado e atuou como a pioneira no nicho de sopas saudáveis no Brasil. Segundo o Fórum Ecom, apenas 12% das vendas online no Brasil são do nicho de alimentação. Foi aí que a marca queridinha do universo de alimentos práticos e saudáveis viu uma oportunidade e atingiu a marca de quase meio milhão de seguidores em menos de dois anos de existência.

Eles alinharam fatores importantes como: um bom marketing estratégico, uma comunicação próxima dos clientes, uma experiência de compra fácil e cercada de detalhes e um produto eficiente, voltado para as necessidades do seu nicho: mulheres que querem se alimentar bem com praticidade.

Assim, a Holysoup bate de frente com as grandes marcas de sopas pré prontas como a Maggie e sai na frente por garantir uma refeição realmente saudável e apoiadora do movimento CLEAN LABEL, que incentiva rótulos limpos e com ingredientes facilmente entendidos por todos os consumidores.

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