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Como construir um líder

A construção de um líder AAA passa por diversas etapas, desde a empatia pelo seu time, até a criatividade e proatividade na resolução de problemas

(Klaus Vedfelt/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2022 às 21h35.

Por Alfredo Soares

Nosso país é hoje TOP 5 no ranking de empreendedorismo. A informação, apresentada no relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), revelou que em 2021 subimos duas posições na taxa de empreendedorismo total, ficando atrás apenas da República Dominicana (45,2%), Sudão (41,5%), Guatemala (39,8%) e Chile (35,9%), respectivamente. A análise leva em consideração 50 países ao todo.

Segundo o GEM, empreender é o 3º maior sonho dos brasileiros, ficando atrás somente da vontade de ter uma casa própria e viajar pelo país. Ao todo, já chegamos a 52 milhões de pessoas com o próprio negócio em um grupo que não para de crescer. A maior parte são homens, entre 25 e 44 anos, formando cerca de 55% dos empreendedores totais.

O grande problema é que novas empresas exigem boas lideranças, caso contrário é pouco provável que o negócio tenha uma vida sustentável e alcance bons resultados. Com o mercado cada vez mais exigente, muitas acabam fechando as portas nos primeiros anos de vida, justamente por não contarem com gestores preparados para aquilo que se propõe a fazer.

A construção de um líder AAA passa por diversas etapas, desde a empatia pelo seu time, até a criatividade e proatividade na resolução de problemas. Um olhar analítico aos dados, versatilidade e o comprometimento com o seu negócio são fundamentais, além de uma comunicação impecável e capacidade de influência. Uma liderança precisa ser inspiradora.

Para falar sobre isso, convidamos Livia Bello, CEO da The Speaker, empresa especializada na construção de líderes por meio do desenvolvimento das habilidades de oratória, persuasão e linguagem corporal.

Eu posso citar três grandes habilidades prioritárias de uma boa liderança:

A capacidade de comunicação, fundamental para quem está nessa posição. A habilidade de escutar e entender aquilo que está sendo dito e a capacidade de influenciar. Não cabe mais ao líder moderno ordenar algo aos seus colaboradores e esperar que eles obedeçam. Se quer que alguém execute um bom trabalho ou atenda um pedido é muito importante que você consiga fazer essas solicitações de maneira a influenciar aquela pessoa, dessa forma, ela não vai estar fazendo para te obedecer e sim porque entendeu junto com você a importância daquele pedido. Então, para mim, as principais soft skills são as habilidades de comunicar, ouvir e influenciar.

Ao longo dos últimos 10 anos, com a invasão das redes sociais no nosso dia a dia, a forma como nos comunicamos e nos apresentamos mudou. Atualmente não basta ser um bom profissional em determinada área, é necessário mostrar quem e por que você é por meio desses canais. Na maior parte do tempo, as redes se tornaram vitrines do trabalho realizado dentro da empresa e dos profissionais que nela atuam, por isso, ter a habilidade de se apresentar ao público de maneira efetiva usando cada uma delas é fundamental para o sucesso pessoal.

Peter Drucker diz que 60% dos problemas administrativos são causados por ruídos ou falhas de comunicação. Na minha opinião, a rotina de trabalho é totalmente impactada quando a gente tem esse tipo de problema gerando dois grandes prejuizos: De tempo e financeiro

Uma vez que você fala uma mensagem A e a sua equipe executa B você perde dinheiro tendo que pedir novamente para que eles voltem para a opção A, já tendo investido esforços na execução errada, o que gera retrabalho. Todo esse custo extra impacta diretamente na saúde da empresa, desacelera os resultados e compromete o desempenho geral.

É justamente aquele que não precisa mais se preocupar com a comunicação. Essa não é mais uma questão para essa pessoa e sim o cenário externo: “como me conecto com minha audiência?”, “como influencio essas pessoas?”, “como prendo a atenção da minha plateia?”. Ele para de olhar para como se comunica, pois já está adaptado e pronto para os riscos, e passa a analisar os pontos de contato com seu público.

Nos EUA existe uma cultura onde você começa a aprender oratória na escola, na primeira infância. Então com 5 ou 6 anos você já tem essa preocupação de que a criança fale em público, se exponha e aprenda a se comunicar. E esse tipo de disciplina acompanha o aluno durante toda sua vida acadêmica. Aqui no Brasil, infelizmente, não temos esse tipo de conhecimento disponível nas escolas, por isso, minha sugestão para jovens que estão entrando no mercado de trabalho é que façam cursos especializados para se prepararem. Quanto mais cedo você começar, melhor. Eu não acredito em pessoas que dizem que nasceram com o dom para isso e ignoram as especialidades disponíveis. Uma comunicação estratégica não é uma aula de improvisos e sim uma forma de te dar a consciência e a clareza sobre aquilo que você está falando, aplicando tudo isso no desenvolvimento do seu negócio. Esse tipo de conhecimento só pode ser adquirido com o apoio de especialistas treinados.

A gente consegue entender os pilares básicos, aqueles que fundamentam uma boa comunicação, através de alguns cursos online. Na The Speaker, por exemplo, temos nossas aulas de comunicação e oratória, com diversos temas que são correlatos, e no G4 temos também uma parceria dentro da plataforma de G4 Skills, onde aplicamos nossa metodologia. Esse é o primeiro passo. Em seguida, eu recomendo que o interessado busque uma imersão no assunto por meio de atividades presenciais. Essa troca e proximidade é muito importante para o desenvolvimento pessoal e aperfeiçoamento das habilidades de comunicação necessárias para uma boa liderança.

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Por Alfredo Soares

Nosso país é hoje TOP 5 no ranking de empreendedorismo. A informação, apresentada no relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), revelou que em 2021 subimos duas posições na taxa de empreendedorismo total, ficando atrás apenas da República Dominicana (45,2%), Sudão (41,5%), Guatemala (39,8%) e Chile (35,9%), respectivamente. A análise leva em consideração 50 países ao todo.

Segundo o GEM, empreender é o 3º maior sonho dos brasileiros, ficando atrás somente da vontade de ter uma casa própria e viajar pelo país. Ao todo, já chegamos a 52 milhões de pessoas com o próprio negócio em um grupo que não para de crescer. A maior parte são homens, entre 25 e 44 anos, formando cerca de 55% dos empreendedores totais.

O grande problema é que novas empresas exigem boas lideranças, caso contrário é pouco provável que o negócio tenha uma vida sustentável e alcance bons resultados. Com o mercado cada vez mais exigente, muitas acabam fechando as portas nos primeiros anos de vida, justamente por não contarem com gestores preparados para aquilo que se propõe a fazer.

A construção de um líder AAA passa por diversas etapas, desde a empatia pelo seu time, até a criatividade e proatividade na resolução de problemas. Um olhar analítico aos dados, versatilidade e o comprometimento com o seu negócio são fundamentais, além de uma comunicação impecável e capacidade de influência. Uma liderança precisa ser inspiradora.

Para falar sobre isso, convidamos Livia Bello, CEO da The Speaker, empresa especializada na construção de líderes por meio do desenvolvimento das habilidades de oratória, persuasão e linguagem corporal.

Eu posso citar três grandes habilidades prioritárias de uma boa liderança:

A capacidade de comunicação, fundamental para quem está nessa posição. A habilidade de escutar e entender aquilo que está sendo dito e a capacidade de influenciar. Não cabe mais ao líder moderno ordenar algo aos seus colaboradores e esperar que eles obedeçam. Se quer que alguém execute um bom trabalho ou atenda um pedido é muito importante que você consiga fazer essas solicitações de maneira a influenciar aquela pessoa, dessa forma, ela não vai estar fazendo para te obedecer e sim porque entendeu junto com você a importância daquele pedido. Então, para mim, as principais soft skills são as habilidades de comunicar, ouvir e influenciar.

Ao longo dos últimos 10 anos, com a invasão das redes sociais no nosso dia a dia, a forma como nos comunicamos e nos apresentamos mudou. Atualmente não basta ser um bom profissional em determinada área, é necessário mostrar quem e por que você é por meio desses canais. Na maior parte do tempo, as redes se tornaram vitrines do trabalho realizado dentro da empresa e dos profissionais que nela atuam, por isso, ter a habilidade de se apresentar ao público de maneira efetiva usando cada uma delas é fundamental para o sucesso pessoal.

Peter Drucker diz que 60% dos problemas administrativos são causados por ruídos ou falhas de comunicação. Na minha opinião, a rotina de trabalho é totalmente impactada quando a gente tem esse tipo de problema gerando dois grandes prejuizos: De tempo e financeiro

Uma vez que você fala uma mensagem A e a sua equipe executa B você perde dinheiro tendo que pedir novamente para que eles voltem para a opção A, já tendo investido esforços na execução errada, o que gera retrabalho. Todo esse custo extra impacta diretamente na saúde da empresa, desacelera os resultados e compromete o desempenho geral.

É justamente aquele que não precisa mais se preocupar com a comunicação. Essa não é mais uma questão para essa pessoa e sim o cenário externo: “como me conecto com minha audiência?”, “como influencio essas pessoas?”, “como prendo a atenção da minha plateia?”. Ele para de olhar para como se comunica, pois já está adaptado e pronto para os riscos, e passa a analisar os pontos de contato com seu público.

Nos EUA existe uma cultura onde você começa a aprender oratória na escola, na primeira infância. Então com 5 ou 6 anos você já tem essa preocupação de que a criança fale em público, se exponha e aprenda a se comunicar. E esse tipo de disciplina acompanha o aluno durante toda sua vida acadêmica. Aqui no Brasil, infelizmente, não temos esse tipo de conhecimento disponível nas escolas, por isso, minha sugestão para jovens que estão entrando no mercado de trabalho é que façam cursos especializados para se prepararem. Quanto mais cedo você começar, melhor. Eu não acredito em pessoas que dizem que nasceram com o dom para isso e ignoram as especialidades disponíveis. Uma comunicação estratégica não é uma aula de improvisos e sim uma forma de te dar a consciência e a clareza sobre aquilo que você está falando, aplicando tudo isso no desenvolvimento do seu negócio. Esse tipo de conhecimento só pode ser adquirido com o apoio de especialistas treinados.

A gente consegue entender os pilares básicos, aqueles que fundamentam uma boa comunicação, através de alguns cursos online. Na The Speaker, por exemplo, temos nossas aulas de comunicação e oratória, com diversos temas que são correlatos, e no G4 temos também uma parceria dentro da plataforma de G4 Skills, onde aplicamos nossa metodologia. Esse é o primeiro passo. Em seguida, eu recomendo que o interessado busque uma imersão no assunto por meio de atividades presenciais. Essa troca e proximidade é muito importante para o desenvolvimento pessoal e aperfeiçoamento das habilidades de comunicação necessárias para uma boa liderança.

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