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Blockchain vai transformar as redes sociais

Em sua coluna, Alfredo Soares comenta o impacto do blockchain, sistema que rastreia o envio e recebimento de informação pela internet, nas redes sociais

(MF3d/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2022 às 18h32.

Por Alfredo Soares

Uma recente declaração do CEO do Instagram, Adam Mosseri, ligou o alerta amarelo para quem trabalha com as redes sociais. Segundo o executivo, o futuro dos criadores de conteúdo digitais não vai mais ficar nas mãos dos canais tradicionais. Em uma palestra feita durante o TED 2022, no Canadá, o empresário afirmou que o blockchain, sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet, vai ser responsável por cortar intermediários na relação financeira entre o público e influenciadores, da mesma forma como é feito com as criptomoedas.

“Fundamentalmente, o ecossistema do criador de conteúdo é instável, a economia é inconsistente. Os maiores tendem a ser pagos em excesso enquanto os menores são mal remunerados” disse Adam em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Para ele, com essa mudança, o foco das redes passaria a ser exclusivamente de um canal de marketing, já que a remuneração por esses trabalhos não seria mais feita de forma diferente em cada canal e sim de forma unificada via blockchain por meio de um cartão virtual que possibilitasse uma assinatura universal entre cada rede. Como exemplo, o CEO sugeriu que um músico utilizando esse novo modelo teria seu público diretamente com ele e não pulverizado em múltiplos canais.

Além disso, durante sua palestra, o chefe do Instagram fez uma previsão de que a concentração de poder nas mãos de algumas redes sociais, como àquelas do grupo Facebook, vão sofrer drásticas mudanças em virtude dos influenciadores já que, a tendência, é de que a tecnologia empodere cada vez mais os indivíduos. Essa mudança se chocaria diretamente com as transformações previstas pelo próprio Adam dentro da sua empresa.

Recentemente o Instagram já havia começado testes nos EUA para assinaturas dos canais de criadores e influenciadores, que definiriam um valor mensal pago pelos seguidores. Isso seria feito por meio do botão “inscreva-se”, localizado na página do próprio criador e que ofereceria benefícios exclusivos aos seus assinantes. Esse movimento segue uma tendência global das redes sociais de protagonizar seus usuários com objetivo de que, cada vez mais, existam pessoas que ganhem a vida ou tenham uma renda extra com conteúdos publicados em cada plataforma. Com a mudança via blockchain, isso poderia ser diretamente impactado.

Influenciadores digitais são uma tendência em ascensão. Só no Brasil, 40% da população que compra pela internet toma decisões baseadas nas recomendações de algum criador de conteúdo, o que coloca nossos consumidores como os mais afetados pela influência digital no mundo. Um estudo da Influencer Marketing Hub apontou que o investimento neste setor vai sair de US$ 13,8 bilhões em 2021 para aproximadamente US$ 16,4 bilhões em 2022. Em números gerais: 67% dos usuários do Instagram no Brasil seguem algum influenciador digital e outros 55% disseram já ter comprado algo indicado ou utilizado por um influenciador digital.

E você, o que achou das declarações do executivo? Acha que isso vai melhorar ou piorar o futuro das redes sociais? Coloca aqui nos comentários.

Por Alfredo Soares

Uma recente declaração do CEO do Instagram, Adam Mosseri, ligou o alerta amarelo para quem trabalha com as redes sociais. Segundo o executivo, o futuro dos criadores de conteúdo digitais não vai mais ficar nas mãos dos canais tradicionais. Em uma palestra feita durante o TED 2022, no Canadá, o empresário afirmou que o blockchain, sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet, vai ser responsável por cortar intermediários na relação financeira entre o público e influenciadores, da mesma forma como é feito com as criptomoedas.

“Fundamentalmente, o ecossistema do criador de conteúdo é instável, a economia é inconsistente. Os maiores tendem a ser pagos em excesso enquanto os menores são mal remunerados” disse Adam em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Para ele, com essa mudança, o foco das redes passaria a ser exclusivamente de um canal de marketing, já que a remuneração por esses trabalhos não seria mais feita de forma diferente em cada canal e sim de forma unificada via blockchain por meio de um cartão virtual que possibilitasse uma assinatura universal entre cada rede. Como exemplo, o CEO sugeriu que um músico utilizando esse novo modelo teria seu público diretamente com ele e não pulverizado em múltiplos canais.

Além disso, durante sua palestra, o chefe do Instagram fez uma previsão de que a concentração de poder nas mãos de algumas redes sociais, como àquelas do grupo Facebook, vão sofrer drásticas mudanças em virtude dos influenciadores já que, a tendência, é de que a tecnologia empodere cada vez mais os indivíduos. Essa mudança se chocaria diretamente com as transformações previstas pelo próprio Adam dentro da sua empresa.

Recentemente o Instagram já havia começado testes nos EUA para assinaturas dos canais de criadores e influenciadores, que definiriam um valor mensal pago pelos seguidores. Isso seria feito por meio do botão “inscreva-se”, localizado na página do próprio criador e que ofereceria benefícios exclusivos aos seus assinantes. Esse movimento segue uma tendência global das redes sociais de protagonizar seus usuários com objetivo de que, cada vez mais, existam pessoas que ganhem a vida ou tenham uma renda extra com conteúdos publicados em cada plataforma. Com a mudança via blockchain, isso poderia ser diretamente impactado.

Influenciadores digitais são uma tendência em ascensão. Só no Brasil, 40% da população que compra pela internet toma decisões baseadas nas recomendações de algum criador de conteúdo, o que coloca nossos consumidores como os mais afetados pela influência digital no mundo. Um estudo da Influencer Marketing Hub apontou que o investimento neste setor vai sair de US$ 13,8 bilhões em 2021 para aproximadamente US$ 16,4 bilhões em 2022. Em números gerais: 67% dos usuários do Instagram no Brasil seguem algum influenciador digital e outros 55% disseram já ter comprado algo indicado ou utilizado por um influenciador digital.

E você, o que achou das declarações do executivo? Acha que isso vai melhorar ou piorar o futuro das redes sociais? Coloca aqui nos comentários.

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