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Pix no e-commerce é uma tendência para se apostar em 2022

Somente em dezembro de 2021, segundo relatório do Banco Inter, o volume financeiro transacionado por essa modalidade foi de 716 bilhões de reais

(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2022 às 18h51.

Por Bernardo Carneiro

Que a adesão ao Pix tem sido um sucesso, ninguém discute e os números comprovam. Somente em dezembro de 2021, segundo relatório do Banco Inter, o volume financeiro transacionado por essa modalidade foi de 716 bilhões de reais, um valor 15% maior que o registrado no mês anterior. Os usuários pessoas físicas já somam 109,8 milhões e pessoas jurídicas são 7,9 milhões.

Lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, a tecnologia de pagamento, instantânea e gratuita, chegou com a missão de mudar a dinâmica de pagamentos e reduzir os custos transacionais - e tem sido muito bem-sucedida. Segundo o relatório do Inter, o Pix já responde por 15% do volume total transacionado no sistema financeiro. Boa parte desse percentual, cerca de 74%, diz respeito a transferências entre pessoas físicas, mas a participação entre empresas tende a crescer, especialmente no varejo online.

Para se ter uma ideia, segundo reportagem do Valor Ecônomico de dez/21, o PIX já representava 11,6% dos pagamentos online da Renner e 10% das compras nos sites do Grupo Pão de Açúcar (GPA). E não foram só eles: de acordo com estudo da consultoria Gmattos com os maiores e-commerces que representam 85% das vendas online, observou-se em dezembro de 2021 a aceitação do PIX em 56% dos sites e com tendência de alta. Para ter noção do crescimento, esse número era mais de 3 vezes menor (apenas 17%) em janeiro de 2021.

O que justifica essa adesão tão rápida pelo cliente e pelos varejistas?

As vantagens são muitas. Para muitos clientes sem cartão de crédito, comprar online é difícil, pois poucos lugares aceitam débito e o pagamento com boleto envolve etapas adicionais (seja na impressão ou na espera da confirmação do pagamento em alguns dias para o lojista iniciar a separação do pedido para entrega). E não para por ai, fora das lojas online, o Pix permitirá acesso desses clientes a serviços digitais como Rappi, 99 e aplicativos de streaming.

Do lado do lojista também há benefícios. O primeiro é o recebimento da venda em segundos diretamente na sua conta, dessa forma economiza-se com capital de giro. O segundo é a confirmação rápida da venda. A partir dessa informação o lojista logo consegue atualizar o estoque, separar o pedido e começar o envio – com o pagamento via boleto sempre fica a dúvida se o cliente realmente vai pagar ou desistir da compra, o que impacta em bloquear o estoque aguardando confirmação e possivelmente perder uma venda por não ter estoque disponível.

Ainda que o Pix siga crescendo, o cartão de crédito deve continuar liderando com ampla vantagem nas vendas digitais. Funcionalidades como o parcelamento “sem juros”, pontuação em programas de milhagem, programas de cashback, entre outros, incentivam o consumidor a preferi-lo. Além disso, o crédito conta com um fluxo de integração bem estabelecido e processos de conciliação bastante avançados, o que o torna grande benefício para os varejistas.

Com todos esses benefícios, por que a adoção ao PIX nas lojas físicas e digitais ainda não está maior?

As soluções que envolvem o PIX ainda precisam evoluir, especialmente em relação à melhora dos fluxos de pagamento nas lojas para que não haja fricção nas experiências de compra e venda. Quando o PIX é feito diretamente para um amigo é só olhar a notificação no celular e pronto. Porém, no varejo a operação acaba sofrendo - afinal o garçom, atendente ou vendedora não tem acesso a conta para saber se o PIX caiu realmente. Para o mundo online existe tanto em relação a segurança quanto a conciliação financeira desse valor.

Essas dores foram identificadas rapidamente pela indústria e existem alternativas. Hoje as máquinas de cartão mais modernas estão integradas com o PIX e permitem finalizar o pagamento – oferecendo comodidade para o cliente, fluidez na operação do estabelecimento e um fluxo simples igual a conciliação dos cartões para a gestão.

No e-commerce, habilitar o PIX significa adicionar um recurso fundamental para facilitar a jornada de compra dos clientes e consequentemente trazer vendas. Assim como é observado com cartões de crédito online, o cuidado com o PIX deve-se permanecer alto. Por isso, soluções de antifraude robustas já estão operando para garantir mais segurança.

Para quem ainda não aceita pagamentos usando esta tecnologia, a hora é agora. Em 2022, a solução será aprimorada pelo Banco Central com novas funcionalidades que acelerarão ainda mais o Pix. Dentre elas, o Pix Parcelado, transações offline, compras internacionais, envio de dinheiro para o exterior e débito automático via Pix. São novas funcionalidades que farão diferença para o consumidor na hora de decidir com quem comprar. Melhor não ficar de fora ou o cliente pode mudar de loja – instantaneamente, como o Pix.

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Por Bernardo Carneiro

Que a adesão ao Pix tem sido um sucesso, ninguém discute e os números comprovam. Somente em dezembro de 2021, segundo relatório do Banco Inter, o volume financeiro transacionado por essa modalidade foi de 716 bilhões de reais, um valor 15% maior que o registrado no mês anterior. Os usuários pessoas físicas já somam 109,8 milhões e pessoas jurídicas são 7,9 milhões.

Lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, a tecnologia de pagamento, instantânea e gratuita, chegou com a missão de mudar a dinâmica de pagamentos e reduzir os custos transacionais - e tem sido muito bem-sucedida. Segundo o relatório do Inter, o Pix já responde por 15% do volume total transacionado no sistema financeiro. Boa parte desse percentual, cerca de 74%, diz respeito a transferências entre pessoas físicas, mas a participação entre empresas tende a crescer, especialmente no varejo online.

Para se ter uma ideia, segundo reportagem do Valor Ecônomico de dez/21, o PIX já representava 11,6% dos pagamentos online da Renner e 10% das compras nos sites do Grupo Pão de Açúcar (GPA). E não foram só eles: de acordo com estudo da consultoria Gmattos com os maiores e-commerces que representam 85% das vendas online, observou-se em dezembro de 2021 a aceitação do PIX em 56% dos sites e com tendência de alta. Para ter noção do crescimento, esse número era mais de 3 vezes menor (apenas 17%) em janeiro de 2021.

O que justifica essa adesão tão rápida pelo cliente e pelos varejistas?

As vantagens são muitas. Para muitos clientes sem cartão de crédito, comprar online é difícil, pois poucos lugares aceitam débito e o pagamento com boleto envolve etapas adicionais (seja na impressão ou na espera da confirmação do pagamento em alguns dias para o lojista iniciar a separação do pedido para entrega). E não para por ai, fora das lojas online, o Pix permitirá acesso desses clientes a serviços digitais como Rappi, 99 e aplicativos de streaming.

Do lado do lojista também há benefícios. O primeiro é o recebimento da venda em segundos diretamente na sua conta, dessa forma economiza-se com capital de giro. O segundo é a confirmação rápida da venda. A partir dessa informação o lojista logo consegue atualizar o estoque, separar o pedido e começar o envio – com o pagamento via boleto sempre fica a dúvida se o cliente realmente vai pagar ou desistir da compra, o que impacta em bloquear o estoque aguardando confirmação e possivelmente perder uma venda por não ter estoque disponível.

Ainda que o Pix siga crescendo, o cartão de crédito deve continuar liderando com ampla vantagem nas vendas digitais. Funcionalidades como o parcelamento “sem juros”, pontuação em programas de milhagem, programas de cashback, entre outros, incentivam o consumidor a preferi-lo. Além disso, o crédito conta com um fluxo de integração bem estabelecido e processos de conciliação bastante avançados, o que o torna grande benefício para os varejistas.

Com todos esses benefícios, por que a adoção ao PIX nas lojas físicas e digitais ainda não está maior?

As soluções que envolvem o PIX ainda precisam evoluir, especialmente em relação à melhora dos fluxos de pagamento nas lojas para que não haja fricção nas experiências de compra e venda. Quando o PIX é feito diretamente para um amigo é só olhar a notificação no celular e pronto. Porém, no varejo a operação acaba sofrendo - afinal o garçom, atendente ou vendedora não tem acesso a conta para saber se o PIX caiu realmente. Para o mundo online existe tanto em relação a segurança quanto a conciliação financeira desse valor.

Essas dores foram identificadas rapidamente pela indústria e existem alternativas. Hoje as máquinas de cartão mais modernas estão integradas com o PIX e permitem finalizar o pagamento – oferecendo comodidade para o cliente, fluidez na operação do estabelecimento e um fluxo simples igual a conciliação dos cartões para a gestão.

No e-commerce, habilitar o PIX significa adicionar um recurso fundamental para facilitar a jornada de compra dos clientes e consequentemente trazer vendas. Assim como é observado com cartões de crédito online, o cuidado com o PIX deve-se permanecer alto. Por isso, soluções de antifraude robustas já estão operando para garantir mais segurança.

Para quem ainda não aceita pagamentos usando esta tecnologia, a hora é agora. Em 2022, a solução será aprimorada pelo Banco Central com novas funcionalidades que acelerarão ainda mais o Pix. Dentre elas, o Pix Parcelado, transações offline, compras internacionais, envio de dinheiro para o exterior e débito automático via Pix. São novas funcionalidades que farão diferença para o consumidor na hora de decidir com quem comprar. Melhor não ficar de fora ou o cliente pode mudar de loja – instantaneamente, como o Pix.

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