Ciência

Zika afeta 5% de bebês de grávidas infectadas, diz centro dos EUA

Entre as mulheres que foram infectadas durante o primeiro trimestre da gravidez, 8% tiveram filhos com problemas associados à zika

Microcefalia: "O vírus da zika representa uma ameaça séria para mulheres grávidas e para seus bebês" (REUTERS / Ueslei Marcelino/Reuters)

Microcefalia: "O vírus da zika representa uma ameaça séria para mulheres grávidas e para seus bebês" (REUTERS / Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 8 de junho de 2017 às 19h29.

Chicago - O primeiro relatório sobre como o vírus da zika afetou territórios dos Estados Unidos mostrou que 5 por cento das mulheres com infecções confirmadas tiveram filhos com malformações, informam autoridades de saúde dos EUA nesta quinta-feira.

O documento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) é o primeiro a incluir números oficiais de Porto Rico, que declarou na segunda-feira o fim da epidemia de zika, com base em dados que mostram a queda no número de novos casos.

Os CDC reiteraram na quinta-feira a recomendação para que mulheres grávidas não viagem a Porto Rico, lembrando que a zika continua representando um risco para grávidas lá e em qualquer outro lugar onde o vírus esteja ativo.

"O vírus da zika representa uma ameaça séria para mulheres grávidas e para seus bebês, independentemente de quando a infecção acontece durante a gravidez", disse a diretora interina do centro, Anne Schuchat.

"Mulheres nos territórios dos Estados Unidos e em outros lugares que tiveram exposição contínua aos mosquitos carregando o vírus da zika estão em risco de infeccção. Nós precisamos continuar vigilantes e comprometidas em prevenir novas infecções pela zika", afirmou.

Além de Porto Rico, o relatório incluiu dados sobre 1.508 mulheres grávidas infectadas pelo vírus da zika na Samoa Americana, nos Estados Federados da Micronésia, na República das Ilhas Marshall e nas Ilhas Virgens Americanas, do dia 1º de janeiro de 2016 até o dia 25 de abril deste ano.

Dessas mulheres, mais de 120, ou aproximadamente 5 por cento, tiveram filhos com malformações relacionadas à Zika, informou o centro em seu relato semanal sobre mortalidade e morbidez.

Entre as mulheres que foram infectadas durante o primeiro trimestre da gravidez, 8 por cento tiveram filhos com problemas associados à zika.

Comparado com 15 por cento em um estudo anterior sobre deficiências ao nascimento entre mulheres de Estados dos EUA e de Washington, que foram infectadas, na maior parte dos casos, durante viagens para países afetados pela Zika.

Aproximadamente 5 por cento das mulheres infectadas durante o segundo trimestre e cerca de 4 por cento das infectadas no terceiro trimestre tiveram filhos com deficiências relacionadas à Zika, mostrando que o vírus continua perigoso ao longo da gravidez.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GravidezMicrocefaliaPesquisas científicasZika

Mais de Ciência

Qual a fase da Lua de hoje, 22 de abril de 2025?

Qual a fase da Lua de hoje, 21 de abril de 2025?

Icônica praia turística do Rio de Janeiro pode ser engolida pelo mar até 2100, revela estudo

Crime que ameaça várias economias do mundo já era prática comum desde o Império Romano