Ciência

Virgin Galactic faz último voo espacial antes de um hiato de dois anos

Há um ano, a empresa transportou seus primeiros clientes ao espaço durante a missão Galactic 01

Richard Branson, fundador da Virgin Galactic (Bloomberg/Bloomberg)

Richard Branson, fundador da Virgin Galactic (Bloomberg/Bloomberg)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 8 de junho de 2024 às 17h34.

A empresa de turismo espacial Virgin Galactic realizou neste sábado, 8, seu último voo antes de uma pausa de dois anos em suas operações comerciais para desenvolver uma nova classe de naves mais rentável.

"O Galactic 07 está de volta a terra, agora com astronautas. Nossos pilotos, passageiros e nave pousaram com segurança no Spaceport America, Novo México", informou a Virgin Galactic na rede social X, alguns minutos após o pouso às 09h41 locais (12h41 de Brasília).

O avião transportador decolou desse estado do sudoeste dos Estados Unidos às 08h31 locais de uma pista convencional e, após subir durante cerca de 50 minutos até uma altitude de 13.582 metros, liberou a nave espacial acoplada em sua parte inferior, a VSS Unity.

Com dois pilotos e quatro passageiros, a Unity acendeu seu motor e acelerou verticalmente até alcançar um máximo de quase 88 quilômetros de altitude, logo acima dos 80 quilômetros que marcam o início do espaço, segundo a definição do Exército americano.

Depois de alguns minutos, nos quais os passageiros flutuaram em gravidade zero e puderam observar a curvatura da Terra, a nave voltou a pousar deslizando pela mesma pista, tendo alcançadp uma velocidade máxima de Mach 2,96, quase três vezes a do som.

Relembre o 1° voo espacial comercial da Blue Origin, de Jeff Bezos

Apenas o nome de um passageiro foi revelado inicialmente: o turco Tuva Atasever, encarregado pela empresa americana Axiom Space de realizar vários experimentos científicos.

De acordo com um comunicado da Virgin Galactic, ele levava sensores para recuperar dados cerebrais e dois injetores de adrenalina para realizar observações em microgravidade.

A nave também transportava experimentos das universidades americanas Purdue e Berkeley.

Fundada em 2004 pelo bilionário britânico Richard Branson, a Virgin Galactic havia divulgado que dois passageiros eram dos Estados Unidos e o quarto, da Itália.

Até 125 voos por ano

Uma vez concluída a missão, soube-se que todos eram homens: além de Tuva Atasever, eles eram Andy Sadhwani, engenheiro de propulsão na SpaceX que trabalhou para a Nasa; Irving Izchak Pergament, promotor imobiliário e piloto de aviões; e Giorgio Manenti, assessor de investimentos na hotelaria e na restauração, segundo o site da companhia espacial.

Este foi o segundo voo da companhia em 2024 e o 12º no total. Há um ano, a empresa transportou seus primeiros clientes ao espaço durante a missão Galactic 01.

Michel Colglazier, diretor executivo da Virgin, disse anteriormente que esta 7ª missão comercial seria a última da VSS Unity, que será substituída pelo modelo Delta de nova geração provavelmente a partir de 2026.

Trata-se de "um ponto de inflexão para a empresa, já que dedicamos todos os nossos recursos à produção” da Delta, assegurou.

Esse novo modelo poderá transportar seis passageiros, dois a mais que a Unity. A companhia planeja construir duas delas inicialmente.

Mais adiante, a Virgin Galactic espera poder realizar até 125 voos por ano. As decolagens de teste estão previstas para a partir de 2025.

No mercado dos voos suborbitais de curta duração, a Virgin compete com a Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos.

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