Pílulas de Viagra, da Pfizer (Chris Ratcliffe/Bloomberg/Bloomberg)
Na segunda-feira, 11, o deputado federal Elias Vaz (PSB/GO) apresentou à Câmara dos Deputados um requerimento para que o ministro da Defesa, General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, esclareça a compra de 35.320 comprimidos de Viagra para as Forças Armadas.
Usado normalmente para tratar disfunção erétil, a compra do medicamento foi justificada como um tratamento para militares com Hipertensão Pulmonar Arterial (HPA).
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Nesse caso, a escolha do Viagra se dá pelo seu composto de princípio ativo sildenafila, que serve como uma substituição mais barata ao Revatio, especifico para HPA, mas que custa R$ 3 mil a caixa de 90 comprimidos, enquanto a sildenafila é encontrada por menos de R$ 10 em caixas com até 8 comprimidos.
O que causa estranhamento para os especialistas é que, além do Viagra ser usado em casos bem específicos de HPA, a dosagem do medicamento adquirido foi de 25 mg e 50 mg.
No entanto, quando se trata de tratar HPA, o mais comum é adotar uma prescrição com dosagem de 20 mg, portanto, mais baixa do que os comprimidos adquiridos pelas Forças Armadas.
Na prática, ainda que se tome para o controle da hipertensão, o efeito pode ser em benefício da disfunção erétil.