Ciência

Ômicron é muito transmissível, mas mundo está mais bem preparado, diz OMS

Swaminathan disse que a resposta certa é estar preparado e ser cauteloso e não entrar em pânico diante da nova variante

OMS: Muito permanece desconhecido sobre a Ômicron, detectada pela primeira vez no sul da África no mês passado (Yuichiro Chino/Getty Images)

OMS: Muito permanece desconhecido sobre a Ômicron, detectada pela primeira vez no sul da África no mês passado (Yuichiro Chino/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de dezembro de 2021 às 10h27.

Última atualização em 3 de dezembro de 2021 às 17h19.

A cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, disse que a nova variante Ômicron do coronavírus é muito transmissível, mas que as pessoas não devem entrar em pânico com isso.

Swaminathan disse durante uma entrevista na conferência Reuters Next nesta sexta-feira que a resposta certa é estar preparado e ser cauteloso e não entrar em pânico diante da nova variante.

"Até que ponto devemos ficar preocupados? Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás", disse Swaminathan.

O surgimento da nova variante não foi bem-vindo, disse ela, ao mesmo tempo que acrescentou que o mundo está muito mais bem preparado dado o desenvolvimento de vacinas desde o início da pandemia.

Muito permanece desconhecido sobre a Ômicron, detectada pela primeira vez no sul da África no mês passado e com registros em pelo menos duas dúzias de países. Partes da Europa já lutavam contra uma onda de infecções da variante Delta da Covid-19.

"Precisamos esperar, espero que (a cepa) seja mais amena... mas é muito cedo para tirar conclusões sobre a variante como um todo", disse Swaminathan.

A OMS pediu aos países que aumentem a capacidade de seus sistemas de saúde e vacinem suas populações para combater o aumento de casos de Covid-19 causados ​​pela variante Ômicron, dizendo que as restrições às viagens podem ganhar tempo, mas não são a resposta por si só.

"A Delta é responsável por 99% das infecções ao redor do mundo. Esta variante teria que ser mais transmissível para competir e se tornar dominante em todo o mundo. É possível, mas não há como prever", disse Swaminathan.

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