Enfermeira conversando e dando apoio emocional a uma paciente idosa no hospital. (Foto/Getty Images)
Para pacientes com câncer, enfrentar a covid-19 é uma segunda batalha de risco igualmente alto. Além dos pulmões, o coronavírus também ataca o sistema imunológico das pessoas infectadas, que também é enfraquecido pelos medicamentos quimioterápicos, usados no tratamento.
Outra agravante, descoberto por uma pesquisa da Escola de Ciências Médicas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, é o fato de que pacientes com câncer em quimioterapia que foram vacinados para covid-19 tiveram uma resposta imunológica mais baixa.
Porém, após a aplicação de uma terceira dose, esses pacientes apresentaram uma melhora na resposta imunológica. Esses resultados corroboram a decisão do Ministério da Saúde do Brasil, que incluiu os imunossuprimidos no grupo prioritário para a dose de reforço.
Para chegar em tal conclusão, foram examinados 53 pacientes em tratamento contra cancer e suas respostas imune após a primeira e depois a segunda dose da vacina da Pfizer, e depois comparado os resultados com as respostas de 50 adultos saudáveis.
A notícia boa é que, apesar de menos eficaz, a vacina é pelo menos parcialmente protetora para a maioria das pessoas em quimioterapia. Contudo, essa resposta imune foi muito menos do que a apresentada pelos adultos saudáveis, uma menor parte dos pacientes, inclusive, não tiveram nenhuma resposta imune à vacina contra a Covid-19. Essa proteção é especialmente menor quando se trata da variante Delta.
Vinte desses pacientes voltaram para receber uma dose de reforço, depois disso, a resposta imunológica geral do grupo atingiu níveis próximos ao dos adultos saudáveis após duas doses da mesma vacina da Pfizer.