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Vacina da Sinovac contra coronavírus começa a ser testada em Minas Gerais

Mais de 800 voluntários serão testados no estado e a pesquisa é realizada por pesquisadores da UFMG, em parceria com o Instituto Butantan

 (Getty Images/Getty Images)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 31 de julho de 2020 às 14h34.

Última atualização em 31 de julho de 2020 às 16h28.

Nesta sexta-feira, 31, a Universidade Federal de Minas Gerais começa a testar uma nova vacina contra o coronavírus. O projeto faz parte da parceria entre a empresa chinesa Sinovac e o Instituto Butatan, de São Paulo. Serão 852 voluntários testados em Minas Gerais.

Na semana passada, os pesquisadores responsáveis pela vacina explicaram como será a fase de testes em seminário virtual. A pesquisa será realizada em Belo Horizonte. Liderado pelo pesquisador Mauro Teixeira, o grupo do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG acompanhará os voluntários por um período de até um ano após receberem as doses.

Parte dos indivíduos receberá o placebo, enquanto a outra parte receberá a vacina desenvolvida pela Sinovac. A seleção será aleatória, então não haverá uma divisão prévia dos voluntários.

Inicialmente, os testes serão realizados em profissionais da área de saúde e, caso a eficácia seja comprovada, a distribuição será mais ampla. De acordo com o pesquisador Mauro Teixeira, a infraestrutura da universidade e seu histórico de pesquisas contra a dengue possibilitou que o corpo docente realizasse ensaios clínicos para tratar a covid-19.

Em todo o Brasil, milhares de voluntários devem participar da pesquisa. As inscrições permanecerão abertas até atingirem o número de 9.000 indivíduos, e os profissionais da saúde que cumprirem os requisitos podem se inscrever por meio do site do Instituto Butatan ou pelo e-mail profiscovbh@gmail.com.

A fase 3, que é a última etapa de testes antes de uma vacina ser aprovada, será iniciada hoje. A vacina, que utiliza uma tecnologia já aplicada em outros medicamentos, é uma das mais promissoras atualmente.

Caso ela seja aprovada e registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Sinovac e o Instituto Butantan irão produzir a tecnologia em grande escala para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que sejam produzidas 100 milhões de doses, com 60 milhões delas destinadas para uso interno.

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