Ciência

Vacina da Moderna contra a covid-19 deve ser aprovada nesta semana nos EUA

Medicamento tem eficácia superior a 94% para proteção contra a infecção do vírus SARS-CoV-2, do novo coronavírus

Moderna: vacina tem eficácia superior a 94% na proteção contra a infecção do novo coronavírus (DeFodi Images / Colaborador/Getty Images)

Moderna: vacina tem eficácia superior a 94% na proteção contra a infecção do novo coronavírus (DeFodi Images / Colaborador/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 11h42.

Última atualização em 15 de dezembro de 2020 às 11h49.

A vacina contra o novo coronavírus produzida pelo laboratório farmacêutico Moderna está mais próxima de ser aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), o principal órgão de saúde dos Estados Unidos (semelhante à Anvisa, aqui no Brasil). O medicamento, que tem taxa de eficácia superior a 94%, foi avaliado pelo órgão americano nesta terça-feira e as primeiras impressões foram positivas.

No relatório divulgado nesta terça, a FDA deu indícios de que pretende conceder a autorização para a vacinação emergencial com o uso do imunizante da Moderna já na próxima sexta-feira (18). Isso permitiria que milhões de americanos pudessem ter acesso a uma segunda vacina, já que por enquanto somente o medicamento da Pfizer foi aprovado no país.

O parecer do governo americano confirmou uma avaliação anterior da vacina da Moderna, que obteve mais de 94% de eficácia e imunidade de pelo menos três meses em testes realizados com 30 mil voluntários.

A vacina da Moderna obteve resultados positivos em pessoas de cor, sexo e condição médica diferentes. Para pessoas com mais de 65 anos, a taxa de eficácia caiu para 86,4%. A diferença não considerada significativa para a FDA. Os efeitos colaterais registrados não foram graves. Os voluntários apenas apresentaram casos de febre, dor de cabeça e cansaço. Nenhum destes sintomas são considerados perigosos.

A expectativa é de que, com a aprovação na sexta-feira, ao menos 6 milhões de doses estejam disponíveis para a aplicação já no começo da semana que vem. A previsão é baseada no que aconteceu no que aconteceu com a vacina da Pfizer, que foi aprovada na sexta-feira passada e já estava disponível para a aplicação no começo desta semana. A vacinação será gratuita.

O governo dos Estados Unidos tenta apressar a criação de vacinas contra o novo coronavírus. O país apresenta o pior quadro global em relação a doença. São mais 16,5 milhões de infectados por covid-19 nos Estados Unidos. O número de mortes já ultrapassou a marca de 300 mil.

Para efeito de comparação, o Brasil tem 6,9 milhões de casos e 181 mil mortes pela doença. O país ocupa a terceira posição, atrás também da Índia.

Por este motivo, o governo americano já fez um pedido de 200 milhões de doses das vacinas da Moderna e da Pfizer e que devem ser entregues até o fim do primeiro trimestre de 2021. As duas empresas devem ganhar bilhões de dólares com a vacina. A quantidade deve ser suficiente para vacinar 100 milhões de americanos, já que cada vacina requer a aplicação de duas doses. Outras 100 milhões de doses da vacina da Moderna devem ser entregues no segundo trimestre do ano que vem.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusModernavacina contra coronavírusVacinas

Mais de Ciência

Há quase 50 anos no espaço e a 15 bilhões de milhas da Terra, Voyager 1 enfrenta desafios

Projeção aponta aumento significativo de mortes por resistência a antibióticos até 2050

Novo vírus transmitido por carrapato atinge cérebro, diz revista científica

Por que a teoria de Stephen Hawking sobre buracos negros pode estar errada