Vacina da AstraZeneca (Dan Kitwood/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de março de 2021 às 06h59.
Última atualização em 22 de março de 2021 às 11h22.
A vacina contra a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca se mostrou segura e 79% eficaz na prevenção de quadros sintomáticos da doença em ensaios clínicos que envolveram mais de 32 mil pessoas nos Estados Unidos, informou a farmacêutica nesta segunda-feira.
A empresa afirmou que vai continuar analisando os dados e que vai preparar um pedido de autorização emergencial de uso do imunizante nos EUA nas próximas semanas, um movimento que - se aprovado - vai adicionar uma vacina ao rol das que estão disponíveis no país.
O imunizante já é amplamente utilizado fora dos EUA. Os ensaios clínicos no país, no entanto, são os testes de mais larga escala da vacina já feitos e podem aumentar a confiança no seu uso, após dúvidas sobre a sua eficácia e sobre problemas sérios de coagulação do sangue em um pequeno número de pessoas que receberam doses na Europa. Os testes nos EUA não identificaram aumento do risco de problemas sérios de coagulação.
A AstraZeneca disse que a vacina teve eficácia de 80% em pacientes de 65 anos ou mais.
As preocupações com a coagulação do sangue levaram mais de uma dúzia de países europeus, incluindo a Alemanha e a Itália, a suspender temporariamente o uso do imunizante este mês. A maior parte voltou a administrar a vacina depois que as autoridades regulatórias da Europa e do Reino Unido voltaram a endossar o uso da vacina, a despeito dos raros problemas de coagulação, cuja associação ao imunizante não foi comprovada.
Os reguladores afirmaram que não podem descartar uma conexão, mas disseram que a vacina é uma arma importante na prevenção de mortes e de doenças sérias e que seus benefícios superam os riscos potenciais.