Ciência

Uso de melatonina pode aumentar o risco de insuficiência cardíaca e morte

Estudo preliminar da American Heart Association mostra associação entre consumo contínuo do suplemento e problemas cardiovasculares graves

O suplemento só deve ser utilizado para situações prescritas por profissionais de saúde. (Iryna Imago/Getty Images)

O suplemento só deve ser utilizado para situações prescritas por profissionais de saúde. (Iryna Imago/Getty Images)

Luanda Moraes
Luanda Moraes

Colaboradora

Publicado em 3 de novembro de 2025 às 13h48.

Um estudo preliminar divulgado nesta segunda-feira, 3, pela American Heart Association indica que o uso prolongado de melatonina pode elevar em cerca de 90% o risco de insuficiência cardíaca.

De acordo com o relatório, foram analisados mais de 130 mil adultos com insônia ao longo de cinco anos.

Entre aqueles que consumiram o suplemento por pelo menos 12 meses seguidos, a probabilidade de internação por problemas cardíacos foi o triplo.

Além disso, as chances de morte por qualquer motivo foram o dobro no período analisado, em comparação com quem não utiliza o hormônio.

Os pesquisadores alertam, entretanto, que não há prova de causa e efeito direto. Assim, mais investigações são necessárias para avaliar a segurança cardiovascular do suplemento.

Vale ressaltar também que o estudo é considerado preliminar até que seja publicado como manuscrito completo em um periódico científico revisado por pares.

Como é o uso da melatonina para insônia

O hormônio natural, que ajuda a regular o sono e outras funções como metabolismo e imunidade, é comercializado no Brasil desde 2021 como suplemento sem necessidade de receita médica.

Embora se apresente útil para casos específicos — como distúrbios do sono em pessoas com autismo ou problemas visuais — não é indicada como remédio geral para insônia.

Entre os efeitos colaterais, estão sonolência excessiva, tonturas e náuseas.

Com os novos apontamentos e estudos em progresso, a recomendação é priorizar hábitos naturais para estimular a produção do hormônio, como exposição à luz solar e redução de telas à noite.

Além disso, o suplemento só deve ser utilizado para situações prescritas por profissionais de saúde.

Acompanhe tudo sobre:SaúdeRemédios

Mais de Ciência

Exercícios de tiro e HIIT para aumentar seu VO2 máximo

Superlua poderá ser vista em todo o Brasil nesta semana; veja quando

O que Albert Einstein tem a ver com a câmera do seu smartphone

Cometa 3I/Atlas é uma ameaça para a Terra? Especialista desvenda o mistério