Descoberta sobre o tempo de rotação de Urano, com dados do Telescópio Hubble (NASA/JPL-Caltech/Reprodução)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 8 de abril de 2025 às 11h51.
Última atualização em 8 de abril de 2025 às 11h57.
Cientistas acabaram de anunciar uma atualização sobre o tempo de rotação de Urano, o gigante gasoso do Sistema Solar.
Após um estudo detalhado das auroras do planeta, com o auxílio do Telescópio Espacial Hubble, foi determinado que um dia em Urano dura 17 horas, 14 minutos e 52 segundos, ou seja, cerca de 28 segundos a mais do que a estimativa anterior de 17 horas, 14 minutos e 24 segundos. Diferentemente da Terra que tem 23 horas, 56 minutos e 4 segundos de rotação.
A descoberta foi possível após uma década de observações do telescópio Hubble, o que permitiu uma medição mais precisa do comportamento do planeta.
As auroras de Urano, fenômenos luminosos gerados pela interação do campo magnético do planeta com partículas solares, são fundamentais para o estudo.
Diferentemente da Terra, as auroras uranianas são extremamente complexas e erráticas devido à peculiar configuração do campo magnético do planeta, que é severamente inclinado em relação ao eixo de rotação. Isso dificulta a análise dos padrões de rotação, mas, ao mesmo tempo, torna os fenômenos mais ricos em informações.
Esses dados refinados sobre o tempo de rotação de Urano oferecem insights para a compreensão da magnetosfera (camada de partículas carregadas ao redor do planeta) do planeta, um aspecto crucial para o estudo de sua dinâmica interna e para futuras missões espaciais.
Uma dessas missões, o Uranus Orbiter and Probe, foi recentemente destacada como uma das prioridades em um levantamento de ciência planetária realizado nos Estados Unidos.
A descoberta do novo tempo de rotação reforça a importância de missões como o Uranus Orbiter and Probe, que prometem fornecer dados essenciais sobre o planeta e seu campo magnético.