Antivacinação: Em 2019, OMS incluiu o movimento em relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global (Arindam Shivaani/NurPhoto/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 9 de maio de 2020 às 12h31.
Última atualização em 9 de maio de 2020 às 12h32.
Cerca de um em cada cinco americanos se recusaria a tomar a vacina contra a coronavírus, é o que diz a pesquisa conduzida pelo YouGov e Yahoo News, que acompanha o crescente movimento antivacina nos Estados Unidos. O estudo descobriu que 55% dos entrevistados disseram que seriam vacinados contra a covid-19, enquanto 19% disseram que não e 26% disseram que não têm certeza.
Esse resultado complementa o estudo feito pela instituição Morning Consult, divulgado na quinta-feira (7), no qual 64% dos entrevistados disseram que seriam vacinados, em comparação com 14% que disseram que não e 22% que disseram que não sabem.
Segundo a revista Forbes, a apuração da Morning Consult também sugere uma forte divisão partidária, em que eleitores independentes estão duas vezes mais propensos que os democratas a não tomarem a vacina. Enquanto os republicanos estão três vezes mais propensos a recusá-la.
As pesquisas ocorrem em meio a um grande aumento de propagação de conteúdo contra vacina na internet. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o movimento antivacinação em seu relatório sobre os dez maiores riscos à saúde global. De acordo com a órgão, esses tipos de movimentos são tão perigosos quanto os vírus que aparecem na lista, pois ameaçam reverter o progresso alcançado no combate a doenças evitáveis, como o sarampo e a poliomielite.
Um vídeo com a influenciadora "antivax" Judy Mikovits, mais conhecida como “Plandemic”, que alega que uma conspiração do governo criou o coronavírus, recebeu milhões de visualizações em várias plataformas.