Johnson e Johnson (JNJB34) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de abril de 2021 às 12h43.
Última atualização em 20 de abril de 2021 às 14h03.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) informou, em comunicado nesta terça-feira, que casos de trombose devem ser incluídos na lista de possíveis efeitos colaterais da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Johnson & Johnson (J&J). O regulador, contudo, reiterou que o desenvolvimento de coágulos é "muito raro" e que os benefícios da aplicação do profilático superam os riscos.
O parecer do comitê de segurança da entidade é semelhante ao do imunizante da AstraZeneca com Universidade de Oxford, anunciado no início deste mês. Também está em linha com decisão de autoridades sanitárias americanas, que recomendaram a suspensão temporária do uso do produto da J&J. A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos ainda investiga a questão.
A EMA disse que levou em consideração os relatos dos EUA na definição de hoje. Segundo a nota, foram identificados oito casos de trombose em pessoas que receberam a dose única da vacina da J&J, entre mais de 7 milhões que receberam o produto em território americano. Todos os registros ocorreram em pessoas com menos de 60 anos, a maioria mulheres.
"A avaliação científica da EMA sustenta o uso seguro e eficaz das vacinas contra a covid-19. A utilização da vacina durante as campanhas de vacinação a nível nacional terá que levar em consideração a situação da pandemia e a disponibilidade da vacina em cada Estado membro", reforça o comunicado.
J&J retomará fornecimento de vacinas contra covid-19 à UE após revisão da EMA
A Johnson & Johnson (J&J) anunciou nesta terça-feira (20) que retomará o fornecimento de vacinas contra a covid-19 para a União Europeia (UE), Noruega e Islândia após a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) finalizar uma revisão do imunizante.
"Acreditamos fortemente nos benefícios positivos de nossa vacina contra a covid-19 de dose única e facilmente transportável para ajudar a proteger a saúde das pessoas em todos os lugares e alcançar comunidades carentes em todo o mundo", declarou o vice-presidente do Comitê Executivo e diretor científico da J&J, Paul Stoffels.