Ciência

Trump pede que Nasa estude colocar tripulação em voo de foguete

O estudo representa o primeiro passo do presidente Donald Trump na elaboração de uma visão para a agência espacial

Trump: as autoridades da Nasa disseram que elas não estão se sentindo obrigadas a fazer a missão de teste com tripulação a bordo (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: as autoridades da Nasa disseram que elas não estão se sentindo obrigadas a fazer a missão de teste com tripulação a bordo (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 21h32.

Cabo Canaveral - O governo Trump orientou que a Nasa estude se é viável ter astronautas no voo de estreia do foguete para carga pesada da agência, uma missão atualmente planejada para não ser tripulada e cuja meta para lançamento é o fim de 2018, afirmaram autoridades nesta sexta-feira.

O estudo representa o primeiro passo do presidente Donald Trump na elaboração de uma visão para a agência espacial.

Sob o governo do ex-presidente Barack Obama, a agência espacial norte-americana trabalhava no foguete Space Launch System para carga pesada e na cápsula Orion para ir até o espaço distante, com o objetivo de enviar astronautas para um encontro com um asteroide em meados de 2020 e depois para uma expedição humana a Marte nos anos 2030.

O pedido do estudo pelo novo governo ajusta esse plano ao explorar a possibilidade de haver uma tripulação num voo de teste mais cedo, e talvez preparando um retorno do homem à lua.

As autoridades da Nasa disseram que elas não estão se sentindo obrigadas a fazer a missão de teste com tripulação a bordo, disse Bill Gerstenmaier, chefe de voos espaciais com humanos da Nasa, à imprensa.

"Não há pressão para fazer isso", afirmou. "Acho encorajador termos sido requisitados para fazer esse estudo de viabilidade."

A expectativa é que o estudo leve cerca de um mês. Engenheiros estão avaliando mudanças de equipamentos, prazos, custos adicionais e os riscos de voar com uma tripulação de dois integrantes no primeiro voo do foguete Space Launch System, que é cerca de quatro vezes maior e mais poderoso do que o atual propulsor dos EUA.

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