Ciência

Três hábitos 'inofensivos' que podem estar acabando com a sua saúde mental

Psicóloga listou algumas dicas para melhorar a performance durante o dia e evitar o desgate mental

Esgotamento mental: práticas inofensivas podem contribuir para o cansaço crônico (foto/Getty Images)

Esgotamento mental: práticas inofensivas podem contribuir para o cansaço crônico (foto/Getty Images)

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 29 de maio de 2025 às 11h22.

Quando se pensa em esgotamento mental, o que vem à mente são longas jornadas de trabalho, prazos apertados e excesso de demandas. Entretanto, o cansaço nem sempre vem de situações extremas.

Pequenos hábitos diários, feitos no famoso ‘piloto automático’, também podem sugar nossa energia sem que a gente perceba.

Essas rotinas, aparentemente inofensivas, podem acabar sendo muito prejudiciais durante o dia a dia.

O grande problema é que hábitos prejudiciais costumam passar despercebidos. Muitas vezes, estão tão inseridos na nossa rotina ou são reforçados pelo ambiente ao redor, parecendo normais ou até mesmo necessários. 

Uma psicóloga listou à Forbes os três principais hábitos que, sem perceber, podem estar drenando a sua energia. Confira abaixo:

Atenção fragmentada

  • Alternar entre tarefas o tempo todo
  • Usar várias telas ou apps simultaneamente
  • Fazer tudo ao mesmo tempo, mas com pouca presença

Apesar de parecer produtivo, esse comportamento compromete o foco e a qualidade do que é feito. Segundo estudo publicado na Developmental Review, a realização de multitarefas constantemente pode enfraquecer a atenção executiva e reduzir a capacidade de manter objetivos. A solução está em focar intencionalmente em uma tarefa por vez, o que melhora o desempenho e economiza energia mental.

Fadiga por decisões triviais

  • Gastar tempo escolhendo roupas, comidas ou músicas
  • Buscar sempre a “melhor opção” para tudo
  • Acumular pequenas decisões ao longo do dia

Essa sobrecarga gera o que os pesquisadores chamam de “fadiga decisória”. Um estudo na Journal of Health Psychology mostrou que cada escolha exige energia cognitiva, reduzindo o autocontrole e o julgamento ao longo do dia sobre o que é realmente necessário. Automatizar o que for possível, como planejar refeições ou roupas da semana, ajuda a preservar energia para o que realmente importa.

“Performar” bem-estar

  • Cumprir rotinas saudáveis apenas por obrigação
  • Seguir hábitos por estética ou aprovação externa, como de redes sociais
  • Se cobrar para sempre “fazer algo” para o próprio bem-estar

O risco aqui é transformar o autocuidado em mais uma tarefa exaustiva. Pressões externas, como as redes sociais, reforçam práticas que nem sempre fazem sentido para cada pessoa. O importante é lembrar que o bem-estar não tem fórmula. Ajustar as práticas ao que realmente te ajuda é o que torna o autocuidado eficaz e sustentável.

Pequenas mudanças nesses hábitos podem gerar um grande impacto na sua energia, foco e equilíbrio emocional. O segredo está em perceber onde sua energia está indo — e direcioná-la com mais consciência.

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