Ciência

Testes com vacina da AstraZeneca/Oxford seguem suspensos nos EUA

AstraZeneca anunciou no sábado que reiniciou os testes no Reino Unido; no Brasil, os testes seriam retomados nesta segunda-feira

AstraZeneca: testes da potencial vacina continuam suspensos nos EUA (Dado Ruvic/Reuters)

AstraZeneca: testes da potencial vacina continuam suspensos nos EUA (Dado Ruvic/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de setembro de 2020 às 19h57.

Última atualização em 14 de setembro de 2020 às 20h25.

Os testes da potencial vacina da AstraZeneca contra a covid-19 continuam suspensos nos Estados Unidos até que seja concluída uma investigação local sobre um possível grave efeito colateral de um voluntário no Reino Unido, mesmo com a retomada dos testes da vacina em outros países, disseram fontes familiarizadas com os detalhes à Reuters.

A AstraZeneca anunciou no sábado que reiniciou os testes no Reino Unido após órgãos reguladores completarem sua revisão sobre um suposto efeito colateral sério apresentado por um participante no país. No Brasil, os testes seriam retomados nesta segunda-feira, após autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), informou a empresa.

As inscrições para os testes globais da empresa para a vacina, que está sendo desenvolvida com pesquisadores da Universidade de Oxford, tinham sido suspensas no dia 6 de setembro.

Fontes disseram à Reuters que admissões de novos pacientes e de outros procedimentos para o importante estudo americano estavam sendo remarcadas para pelo menos o meio da semana, já que não estava claro quanto tempo levaria para que a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) completasse sua investigação.

Governos no mundo todo estão desesperados para uma vacina para ajudar a encerrar a pandemia, que já causou mais de 900.000 mortes e turbulências econômicas globais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) havia selecionado a potencial vacina da AstraZeneca como a mais promissora. Um atraso prolongado nos Estados Unidos pode adiar o acesso à vacina no país.

O evento adverso no Reino Unido envolveu um paciente do estudo que parecia estar sofrendo de uma rara desordem inflamatória na espinha dorsal chamada mielite transversa.

Uma porta-voz da AstraZeneca não quis comentar sobre o cronograma para retomada dos testes nos Estados Unidos.

A FDA não respondeu a um pedido de comentário.

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