Ciência

Tesouro de rei viking é descoberto em ilha na Alemanha

De acordo com os arqueólogos, foram encontradas cerca de 600 peças de prata com mais de mil anos de idade que pertenciam a um rei dinamarquês

Alemanha: foram recuperadas mais de 600 peças de prata do século X, além de gargantilhas e pérolas (Photo by Sean Gallup/Getty Images/Getty Images)

Alemanha: foram recuperadas mais de 600 peças de prata do século X, além de gargantilhas e pérolas (Photo by Sean Gallup/Getty Images/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de abril de 2018 às 11h52.

Última atualização em 16 de abril de 2018 às 15h23.

Berlim - Arqueólogos e voluntários da Alemanha descobriram na ilha de Rügen, no norte do país, um tesouro viking de mais de mil anos de idade pertencente ao famoso rei dinamarquês Harald Blaatand, depois que um menino de 13 anos e um aficionado por arqueologia encontraram vários artefatos no início do ano.

Segundo informou nesta segunda-feira o Escritório Regional de Arqueologia e Conservação de Monumentos do estado-federado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental em comunicado, no fim de semana foram recuperadas mais de 600 peças de prata do século X, entre as quais há até 100 moedas cunhadas pelo rei Blaatand.

Além das moedas, que incluem gravuras de cruzes cristãs e pesam cerca de 0,3 gramas, foram encontradas pérolas, gargantilhas, fíbulas e um martelo.

Algumas das peças estão cortadas em pedaços, porque eram usadas como pesos, segundo os arqueólogos, que consideram que se trata da maior descoberta de moedas realizadas até o momento no sul do Mar Báltico.

Harald Blaatand, filho do rei Gorm e da rainha Thyre, foi conhecido na sua época pela unificação das tribos norueguesas, suecas e dinamarquesas e por sua conversão ao cristianismo.

O sobrenome do rei dinamarquês, que significa dente azul em português, acabou dando nome ao sistema de conexão sem fio bluetooth.

Depois de perder uma batalha contra seu filho Svend Tveskaeg (barba bifurcada, em português), Harald Blaatand fugiu ferido para a ilha de Wolin, onde morreu.

Segundo os arqueólogos alemães, a descoberta em Rügen pode estar relacionada com essa fuga, com a qual também foram vinculadas duas descobertas de joias realizadas no final do século XIX na ilha próxima de Hidensee.

As primeiras pistas sobre o tesouro foram trazidas por dois arqueólogos amadores que se dedicavam a rastrear perto da cidade de Schaprode, em Rürgen, objetos arqueológicos com dispositivos GPS e detectores de metais.

Após localizarem várias peças, que confundiram em um princípio com fragmentos de alumínio e ferro, os dois decidiram entrar em contato com as autoridades competentes.

No último fim de semana, arqueólogos e voluntários, inclusive o menino de 13 anos, fizeram escavações na região até encontrarem todo o tesouro.

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