Ciência

Apresentado por Abbott

Tecnologia a favor da saúde do coração

Usado com sucesso em vários países, stent que é absorvido pelo organismo após desobstruir artérias do coração já está disponível no Brasil

Doenças cardiovasculares: mal causa quase 30% das mortes no Brasil, mais de 340 000 somente em 2016 (Offset)

Doenças cardiovasculares: mal causa quase 30% das mortes no Brasil, mais de 340 000 somente em 2016 (Offset)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 20h18.

Agenda lotada, excesso de reuniões e metas cada vez mais difíceis de cumprir fazem parte do dia a dia de muitos executivos. Mas qual a consequência desse estresse para a saúde? Complicações cardíacas já são comprovadas. Pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard concluíram que executivas com cargos estressantes têm 40% mais risco de desenvolver uma doença cardíaca em comparação às colegas com rotina mais calma. “Estresse mental e distúrbios como ansiedade e depressão são fatores de risco para o desenvolvimento da doença arterial coronariana, que pode levar ao infarto”, afirma o médico Marcelo Cantarelli, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Intervencionista (SBCI).

As altas cargas emocionais elevam a produção das chamadas células brancas, que bloqueiam artérias e impedem a circulação regular do sangue. Não é à toa que as doenças cardiovasculares causam quase 30% das mortes no Brasil, segundo o departamento de informática do SUS (Datasus). Foram mais de 340 000 mortes no país somente em 2016. “Executivos e outros profissionais submetidos ao estresse costumam comer mal e não praticar atividades físicas. Podem ter obesidade, diabetes, hipertensão arterial e colesterol elevado, importantes fatores de riscos cardiovasculares”, diz Cantarelli. 

O que fazer ao descobrir um distúrbio coronariano?

Em um cateterismo cardíaco, o médico examina os vasos sanguíneos e o interior do coração. Caso uma obstrução na artéria seja detectada, poderá ser realizada uma angioplastia, procedimento em que o cardiologista coloca um stent cardíaco, uma espécie de tubo expansível implantado no interior do vaso para restabelecer a circulação sanguínea.

O que poucos pacientes sabem é que existem diversos tipos de stent. O mais comum é feito com ligas metálicas e, por isso, fica permanentemente no organismo.

Agora, um novo tipo de stent já comercializado em mais de 100 países está disponível no Brasil. Trata-se de um dispositivo que é absorvido pelo organismo após devolver o fluxo sanguíneo à região. Ele é composto de ácido poliláctico, uma molécula naturalmente dissolvível. Em uma reação natural do organismo, o ácido se transforma em lactato, que, por sua vez, vira água e gás carbônico, e é reabsorvido. O desaparecimento do stent começa após seis meses do implante. Em geral, o organismo pode levar, em média, três anos para reabsorvê-lo. O resultado é um vaso sanguíneo que recupera seus movimentos naturais, como contrair e dilatar, uma vez que fica livre de um dispositivo metálico. A artéria volta, inclusive, a produzir substâncias que o stent metálico não permitiria.

A Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, realizou uma série de pesquisas ao longo de dez anos antes de lançar o Stent Farmacológico Biorreabsorvível Absorb, o primeiro e único a chegar ao Brasil. A inovação tecnológica foi estudada em centros médicos de diversos países, incluindo alguns do Brasil. Em uma das pesquisas internacionais, ficou comprovado que o paciente ganha qualidade de vida por ter uma propensão menor de sentir dor no peito após a implantação do Absorb em comparação com os metálicos.

O dispositivo biorreabsorvível costuma ser indicado para pacientes mais jovens e em casos mais simples, como em obstruções que não se encontram em bifurcações de vasos. Veja o caso de uma paciente de São Paulo. Profissional da área de consultoria de pesquisa clínica, ela sofreu um infarto do miocárdio aos 38 anos. A decisão de implantar um stent Absorb foi do cardiologista, pois a paciente tinha todas as condições para receber o dispositivo. “Todo mundo quer levar uma vida mais natural possível. Se há a opção de não ter mais o stent daqui a alguns anos, essa é a melhor escolha”, diz a consultora.

“É importante que o paciente tenha conhecimento da tecnologia para poder conversar com o médico, conhecer as vantagens e as desvantagens e entender se o caso dele é adequado para receber esse stent”, afirma o cardiologista Cantarelli.

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