Vacina da Pfizer: efeitos colaterais mais comuns da vacina são fadiga, dores de cabeça e calafrios (Eric Lee/Bloomberg)
Lucas Agrela
Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 19h14.
As pessoas que tiveram covid-19 têm quase duas vezes mais de risco de ter efeitos colaterais ao receberem a vacina da Pfizer, aplicada em diversos países, mas ainda fora do circuito de vacinação atual no Brasil.
Os dados sobre o risco de reações adversas foram apontados por um estudo do aplicativo ZOE Covid-19 Symptom Study.
Os efeitos colaterais mais comuns da vacina são fadiga, dores de cabeça e calafrios.
O risco de adversidades assim é de 33% para sobreviventes da covid, enquanto é de 19% para quem não teve a doença.
O estudo mostra que os efeitos colaterais são passageiros e tendem a desaparecer após 48 horas da aplicação.
A manifestação de sintomas após a vacinação foi mais comum em pessoas com menos de 55 anos de idade, com 21% dessas pessoas registrando um dos sintomas no aplicativo, utilizado no Reino Unido.
Os dados do levantamento abrangem informações de pessoas que receberam um total de 40 mil doses da vacina da Pfizer. Na primeira dose, 37% apontaram dor na região da aplicação, número que subiu para 45% na segunda dose.
A vacina da Pfizer ainda não possui registro emergencial aprovado no Brasil. Nesta semana, a Anvisa retirou a obrigatoriedade de testes locais de fase 3 para aprovação de vacinas em caráter emergencial para combater a covid-19 no Brasil. No entanto, além de acordos comerciais e produção, a vacina da Pfizer impõe desafio logístico, uma vez que deve ser armazenada em temperaturas abaixo de zero grau.