Mais do que o número na balança: o foco hoje está no bom funcionamento do organismo (Riska/Getty Images)
Redatora
Publicado em 20 de outubro de 2025 às 09h54.
Por muito tempo, a magreza excessiva foi considerada sinônimo de saúde. Mas essa teoria já foi desbancada com o avanço das pesquisas em medicina e o crescimento do interesse global pelo bem-estar. Hoje, novas tecnologias permitem compreender melhor o funcionamento do corpo humano, e, entre as principais tendências do universo wellness, a saúde metabólica ocupa lugar de destaque — com foco na prevenção e no equilíbrio do organismo.
Em 2020, um levantamento do Ibope em parceria com a Bayer apontou que 84% dos brasileiros buscavam manter uma rotina de autocuidado. Ainda assim, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 52% da população não pratica atividades físicas regulares. Impulsionado pela pandemia de Covid-19, o debate sobre bem-estar acendeu um alerta para as condições metabólicas mais comuns, como hipertensão, diabetes e obesidade.
A Sociedade Brasileira de Diabetes estima que mais de 20 milhões de brasileiros convivam com a condição. Já a hipertensão é o quadro mais recorrente no país, atingindo cerca de 45% da população.
Mais do que o número na balança, o foco hoje está no bom funcionamento do organismo. O mesmo vale para o Índice de Massa Corporal (IMC), que, embora relevante, não reflete necessariamente a saúde de atletas de alto rendimento, já que não diferencia massa muscular de gordura corporal.
A saúde metabólica está ligada a diversos processos químicos do corpo, incluindo o equilíbrio dos níveis de glicose, o controle da pressão arterial e do colesterol, além da regulação da insulina. Esses cuidados são essenciais para evitar a síndrome metabólica, que pode resultar em quadros como acidentes vasculares cerebrais, infartos, doenças arteriais periféricas e até pancreatite aguda.
Para garantir uma boa saúde metabólica, nutricionistas recomendam um plano alimentar baseado em alimentos naturais e orgânicos, com ênfase em frutas, verduras e legumes. Uma alimentação equilibrada reduz os picos de glicose, a sobrecarga metabólica e melhora a sensibilidade à insulina, além de diminuir processos inflamatórios.
Os exercícios físicos também são fundamentais. O sedentarismo agrava diversos quadros de saúde — estudos indicam que a falta de atividade física pode aumentar o risco de câncer e outras doenças crônicas. Práticas cardiovasculares e esportes ajudam na prevenção da hipertensão e do diabetes, fortalecem ossos e músculos e contribuem para uma melhor qualidade do sono.
O foco em longevidade se tornou um dos principais impulsos na busca por uma vida mais equilibrada. Manter hábitos saudáveis e cuidar da saúde metabólica não é apenas uma tendência, mas uma estratégia de longo prazo para viver com mais qualidade, disposição e autonomia.