Ciência

Saiba quando, como e onde ver o eclipse mais longo do século

A partir das 17h30 desta sexta-feira, eclipse poderá ser visto, a olho nu, em prédios altos de São Paulo, ou por meio de telescópios no Parque Ibirapuera

Lua de Sangue: para os paulistas, o eclipse vai durar pouco mais de meia hora (Christoper Pike/Reuters)

Lua de Sangue: para os paulistas, o eclipse vai durar pouco mais de meia hora (Christoper Pike/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de julho de 2018 às 15h04.

Última atualização em 27 de julho de 2018 às 15h16.

São Paulo - O mais longo eclipse lunar do século 21 poderá ser visto a olho nu - se as nuvens permitirem - de prédios altos de São Paulo já a partir das 17h30 desta sexta-feira, 27. Para os paulistas, o eclipse vai durar pouco mais de meia hora. A previsão é de que a Lua nasça sangrenta e escura às 17h38, com totalidade atingida às 17h41. O astro começa a sair da sombra às 18h13 e o fenômeno se encerra às 20h28.

O planetário do Parque do Ibirapuera terá observação por dois telescópios, com a presença de cientistas e especialistas. Os telescópios estarão disponíveis na arena de eventos, próximo ao Museu Afrobrasil. Quem quiser contemplar o fenômeno precisará prestar atenção aos horários, já que o eclipse total já terá passado da metade da duração quando a Lua cheia surgir no céu brasileiro.

Segundo Fernando Nascimento, diretor dos planetários do Carmo e do Ibirapuera, não há como prever se será possível ver a lua nascer sangrenta e escura do horizonte, considerando a altitude do planetário em relação à cidade e as próprias árvores do parque.

Outro fator que interfere é a previsão do tempo, como a quantidade de nuvens no céu, por exemplo. Nascimento explica que a poluição da capital paulista também atrapalha a visualização do eclipse.

"São Paulo inteira pode ver a lua nascer completamente diferente hoje. Vai estar escura e avermelhada. Vamos ter o privilégio de ver um nascer da lua único, uma lua sangrenta", diz o diretor dos planetários. "O que posso recomendar para diminuir a chance de frustração é que a pessoa vá para um lugar alto sem nuvens. Suba no topo de um prédio. Sem binóculo ou telescópio. Mire para o leste, contrário ao lado em que o Sol se pôs, e espere a lua nascer por volta das 17h30".

Já a aproximação do planeta Marte, que está mais brilhante, pode ser visto com mais facilidade de qualquer lugar. A vantagem de ir até o Ibirapuera é poder contemplar os detalhes do planeta com as explicações de cientistas no local.

"A prioridade dos telescópios será Marte, antes mesmo da Lua, e em seguida os outros planetas. Na medida do possível, será possível acompanhar a Lua pelo telescópio. Mas a noite estará repleta de planetas. Neste inverno, podemos ver Vênus no início da noite, Júpiter, Saturno e Marte também".

As observações da Lua e de Marte vão durar de 17h30 às 20h30 no Planetário Ibirapuera. Em seguida, terá início uma sessão especial e um debate sobre a descoberta de água em estado líquido no planeta Marte. O bate-papo está previsto para iniciar às 20h30 e encerrar às 22h no planetário.

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