Vacina: é baseada no adenovírus humano fundido com a espícula de proteína em formato de coroa que dá nome ao coronavírus (Getty Images/Getty Images)
Karla Mamona
Publicado em 15 de agosto de 2020 às 11h32.
Última atualização em 15 de agosto de 2020 às 11h36.
O Ministério da Saúde da Rússia anunciou, neste sábado, 15, que começou a produção do primeiro lote da vacina contra a covid-19 registrada do país. A vacina será comercializada com o nome de Sputnik V.
Em comunicado, a pasta afirmou "a produção de uma vacina contra nova infecção por coronavírus, covid-19, desenvolvida pelo Centro de Pesquisa Gamaleya do Ministério da Saúde da Rússia, já começou.” A Rússia estaria produzindo cerca de cinco milhões de doses mensais da droga até janeiro.
O país foi o primeiro a registrar a vacina no mundo contra o novo coronavírus. Na última semana, as autoridades russas afirmaram que a proteção foi capaz de criar uma resposta imune nos voluntários que participaram da segunda (e penúltima) fase de testes clínicos.
Segundo o site da vacina, a imunização foi testada em animais antes de ser aplicada em humanos – incluindo em dois tipos de primatas. A Rússia não informou, entretanto, nenhum estudo científico sobre os testes que realizou.
Se a vacina der certo, a Rússia ganhará a nova guerra fria em busca de uma proteção contra a covid-19. Estudos sobre a eficácia dela devem ser publicados já no final deste mês.
A vacina russa é baseada no adenovírus humano fundido com a espícula de proteína em formato de coroa que dá nome ao coronavírus. É por meio dessa espícula de proteína que o vírus se prende às células humanas e injeta seu material genético para se replicar até causar a apoptose, a morte celular, e, então, partir para a próxima vítima.