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Roubo de "dragões" leva ilha de Komodo a fechar para o turismo

Raro e ameaçado, maior lagarto da Terra vai tirar férias dos humanos

Dragão-de-Komodo: uma das espécies mais ameaçadas do planeta. (Don Arnold / WireImage/Getty Images)

Dragão-de-Komodo: uma das espécies mais ameaçadas do planeta. (Don Arnold / WireImage/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 3 de abril de 2019 às 09h50.

Última atualização em 3 de abril de 2019 às 14h11.

São Paulo - A ilha indonésia de Komodo vai fechar as portas ao público por um ano a partir de janeiro de 2020. O lugar é um destino turístico famoso por ser o lar de um animal raro e ameaçado — o dragão-de-komodo (varanus komodoensis), o maior lagarto da Terra. 

Embora a maior parte dos animais estejam protegidos dentro do parque nacional da ilha, muitos deles têm sido roubados e vendidos no exterior, onde seu valor supera facilmente os quatro dígitos.

Segundo o jornal local Tempo, o fechamento da ilha ao público é uma resposta ao ocorrido no mês passado, quando 41 lagartos de Komodo foram contrabandeados por caçadores furtivos.

Além dos "dragões", foram apreendidos ursos e catatuas. Outra tentativa de venda ilegal de cinco dragões-de-komodo no Facebook foi frustrada pelas autoridades.

Os lagartos gigantes, que podem pesar entre 68 e 91 quilos, provavelmente estão em alta demanda por seu couro, que  é usado pelas indústrias de moda e móveis, enquanto suas garras e dentes são usados ​​na confecção de joias e talismãs. 

Com encerramento das atividades, no próximo ano, as autoridades da Ilha de Komodo vão iniciar um programa de conservação para aumentar a população dos dragões, que hoje é de 5,7 mil espécimes, enquanto preserva seu habitat. 

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