Ciência

Remdesivir não reduz mortalidade de pacientes de covid-19, diz estudo

O antiviral remdesivir teve pouco ou quase nenhum efeito sobre os tempos de internação ou chances de sobrevivência dos pacientes, concluiu estudo

Os resultados da pesquisa serão revisados e ainda não foram publicados em uma revista científica (Cadu Rolim/Fotoarena)

Os resultados da pesquisa serão revisados e ainda não foram publicados em uma revista científica (Cadu Rolim/Fotoarena)

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Reuters

Publicado em 16 de outubro de 2020 às 06h36.

Última atualização em 19 de outubro de 2020 às 10h41.

O medicamento remdesivir, da Gilead Sciences, teve pouco ou quase nenhum efeito sobre os tempos de internação ou chances de sobrevivência de pacientes da covid-19, concluiu um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A medicação antiviral, uma das primeiras a ser utilizada como tratamento para a covid-19, foi um dos remédios utilizados para tratar o presidente norte-americano, Donald Trump, após sua infecção pelo coronavírus.

Os resultados são do estudo "Solidarity", da OMS, que avaliou os efeitos de quatro tratamentos com medicações que incluíam o remdesivir, a hidroxicloroquina, e a combinação dos medicamentos lopinavir/ritonavir e interferon (utilizada para o tratamento do HIV) em 11.266 pacientes adultos em mais de 30 países.

O estudo concluiu que os protocolos pareciam ter pouco ou nenhum efeito na redução de mortalidade em 28 dias ou na duração do tratamento hospitalar entre pacientes internados com a Covid-19, disse a OMS nesta quinta-feira.

Os resultados da pesquisa ainda serão revisados e foram publicados no servidor MedRxiv antes de serem publicados em uma revista científica.

No início do mês, dados de um estudo norte-americano com o remdesivir pela Gilead mostraram que o tratamento cortava o tempo de recuperação da Covid-19 em cinco dias quando comparado aos pacientes que receberam o placebo em um teste envolvendo 1.062 pacientes.

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