Ciência

Remdesivir da Gilead deve se tornar 1º tratamento para covid-19 na Europa

Remdesivir já foi aprovado para uso emergencial em pacientes gravemente doentes nos EUA, Índia e Coreia do Sul e recebeu aprovação total no Japão

Frasco de remdesivir: uso do remdesivir é recomendados em adultos e adolescentes a partir de 12 anos com pneumonia que precisem de oxigênio adicional (Ulrich Perrey/Reuters)

Frasco de remdesivir: uso do remdesivir é recomendados em adultos e adolescentes a partir de 12 anos com pneumonia que precisem de oxigênio adicional (Ulrich Perrey/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 25 de junho de 2020 às 11h59.

Última atualização em 25 de junho de 2020 às 12h06.

A agência reguladora de saúde europeia recomendou a aprovação condicional do tratamento antiviral remdesivir da Gilead Sciences Inc para pacientes de Covid-19, o que faz dele o primeiro tratamento prestes a receber aval no continente.

A Agência Europeia de Remédios (EMA) disse nesta quinta-feira que seu comitê de medicamentos para humanos (CHMP) recomendou o uso do remdesivir em adultos e adolescentes a partir de 12 anos com pneumonia que precisem de oxigênio adicional.

O preço do remédio na região é desconhecido. Nos Estados Unidos, pode chegar a 5.080 dólares por tratamento, e a fabricante de genéricos indiana venderá o tratamento por um valor entre 66,13 e 79,35 dólares.

O endosso da EMA, que chega poucas semanas após uma avaliação feita às pressas, significa que os médicos podem prescrever o remédio da Gilead, que será batizado de Veklury, na Europa assim que este for aprovado pela Comissão Europeia, que normalmente segue as recomendações do CHMP.

A autorização condicional de comercialização da União Europeia permite que um tratamento seja vendido durante um ano no bloco comercial de 27 nações antes de todos os dados necessários a respeito de sua eficiência e efeitos colaterais estarem disponíveis. A Gilead tem que apresentar os dados definitivos até dezembro.

A procura pelo remédio disparou depois que se tornou um dos mais cotados na esteira de testes promissores. A Gilead acredita que o suprimento de remdesivir superará os 2 milhões de tratamentos até o final do ano, o dobro de sua meta anterior, e planeja começar a testar uma versão inalada mais fácil de usar – a atual é administrada por via intravenosa.

O remdesivir já foi aprovado para uso emergencial em pacientes gravemente doentes nos EUA, Índia e Coreia do Sul e recebeu aprovação total no Japão.

Acompanhe tudo sobre:RemédiosRemdesivir

Mais de Ciência

Por que Napoleão foi derrotado na Rússia? Estudo tem novas respostas

IA desenvolve relógio biológico que mede envelhecimento com precisão

Índia investe em 'semeadura de nuvens' para melhorar a qualidade do ar

Meteoro 'bola de fogo' surpreende ao iluminar o céu do Rio Grande do Sul