Ciência

Reino Unido usará tecnologia espacial para diagnosticar câncer

Raio-X em 3D para diagnosticar câncer será financiado com verba da Agência Britânica Espacial

Nova tecnologia fará com que médicos possam ter visão mais completa das áreas do corpo onde existe suspeita de tumor (FS Productions/Getty Images)

Nova tecnologia fará com que médicos possam ter visão mais completa das áreas do corpo onde existe suspeita de tumor (FS Productions/Getty Images)

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EFE

Publicado em 8 de abril de 2019 às 14h50.

Londres — O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) poderá usar a tecnologia destinada a observar estrelas em galáxias distantes para o diagnóstico precoce do câncer, anunciou o governo nesta segunda-feira, 8.

Coincidindo com os 70 anos da criação do sistema público de saúde, a Agência Britânica Espacial (BNSC) destinou 1 milhão de libras (pouco mais de R$ 5 milhões) ao desenvolvimento de uma máquina portátil de raio X em três dimensões, que se baseia na mesma tecnologia já usada para estudar estrelas.

"A tecnologia tem um potencial enorme para salvar vidas. Este é um exemplo brilhante de como os pesquisadores podem trabalhar com o NHS para ajudar a salvar vidas com um diagnóstico mais precoce do câncer", ressaltou o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, em comunicado divulgado pelo governo.

As máquinas de raios X em duas dimensões usadas habitualmente para detectar a doença nem sempre conseguem identificar o câncer a tempo, o que acaba provocando a descoberta com o estado já avançado, complicando o tratamento.

De acordo com a nota do governo, a nova tecnologia que os analistas irão desenvolver fará com que médicos possam ter uma visão mais completa das áreas do corpo onde existe a suspeita de que um tumor possa estar se desenvolvendo.

Isso contribuirá, acrescentou, em tratamentos mais efetivos e diagnósticos mais antecipados.

Por não ser muito grande, o sofisticado dispositivo, que será conectado via satélite, pode ainda permitir a realização de exames em consultas no médico de preferência do paciente. A ideia é reduzir a necessidade fazer deslocamentos a hospitais exclusivamente com essa finalidade.

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