Ciência

Raro buraco negro a 40 mil anos-luz é encontrado pela NASA

Descoberta do NGC 6099 HLX-1 abre novas perguntas sobre buracos negros de massa intermediária

Tudo indica que ele pertence a uma classe rara de buracos negros, de classe intermediária (NASA/Divulgação)

Tudo indica que ele pertence a uma classe rara de buracos negros, de classe intermediária (NASA/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 27 de julho de 2025 às 19h33.

Um novo buraco negro pode ter sido descoberto pelo telescópio espacial Hubble e o Observatório de Raios-X Chandra, da NASA. Tudo indica que ele pertence a uma classe rara de buracos negros, de classe intermediária, os mais raros de serem percebidos por humanos.

Estamos falando do NGC 6099 HLX-1, que segundo os estudos é de um aglomerado estelar de uma galáxia gigante.

A descoberta foi publicada no jornal científico Astrophysical Journal nesta sexta-feira, 25. O HLX-1 está localizado a 40 mil anos-luz do centro da galáxia, e acredita-se que esteja dormente e que não está absorvendo uma estrela.

Informações da NASA mostram que desde que o Hubble foi lançado, já foi descoberto que galáxias em todo o universo podem conter buracos negros enormes em seu núcleo — pesando até bilhões de vezes a massa do Sol.

Hubble: telescópio espacial transformou a astronomia

O telescópio espacial ainda foi capaz de descobrir que as buracos negros pequenos podem ser formados a partir de estrelas que chegaram ao fim de suas vidas.

Já os com massa intermediária costumam ser invisíveis para os humanos, uma vez que não absorvem a mesma quantidade de gás e estrelas quanto os supermassivos, que emitem uma quantidade superior de radiação.

Astrônomos da NASA explicam que para captar imagens de um buraco negro é preciso capturá-lo em ação, seja uma fonte incomum de raios-x ou absorvendo uma estrela próxima.

Colisão intensa entre buracos negros gera estrutura 225 vezes maior que o Sol

O NGC 6099 HLX-1 possui uma temperatura de 3 milhões de graus Celsius. Além disso, o Hubble encontrou evidências de que existe um pequeno aglomerado de estrelas no entorno do buraco negro, que servem como alimento ao HLX-1.

Os pesquisadores seguem em observação sobre o brilho emitido pelo buraco negro. A expectativa é entender se as diferenças na luminosidade são causadas por explosões seguidas ou se houve um pico e agora o buraco negro começa a desaparecer.

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