Ciência

Quase todas as vacinas estarão disponíveis em fevereiro, diz Bill Gates

Cofundador da Microsoft se anima com os resultados recentes dos testes e já faz uma previsão de quando as vacinas contra a covid-19 estarão disponíveis

Bill Gates: cofundador da Microsoft é um dos nomes mais atuantes no combate do novo coronavírus (Yuri Gripas/Reuters)

Bill Gates: cofundador da Microsoft é um dos nomes mais atuantes no combate do novo coronavírus (Yuri Gripas/Reuters)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 23 de novembro de 2020 às 10h54.

Quase todas as vacinas que estão sendo produzidas para imunizar a população contra o novo coronavírus estarão disponíveis para serem aplicadas em fevereiro. A previsão otimista é de Bill Gates, cofundador da Microsoft e um dos nomes do mercado de tecnologia mais envolvidos no combate da covid-19.

A corrida da vacina contra o vírus SARS-CoV-2 ficou ainda mais acirrada recentemente, quando vacinas da Pfizer, da Moderna e da AstraZeneca já apresentaram resultados de mais de 90% de eficácia no combate da doença. Com isso, as duas fórmulas de imunizantes são as principais candidatas para serem aprovadas por órgãos de saúde dos Estados Unidos.

Mas a esperança de Gates não se resume apenas aos resultados destes dois laboratórios. “Quase todas as vacinas vão funcionar e terão um alto nível de eficiência”, afirmou o bilionário americano em entrevista para um programa de televisão da emissora CNN nos Estados Unidos. “Estou otimista de que em fevereiro todas irão provar que são eficientes e seguras.”

Além da Pfizer e da Moderna, outras empresas e laboratórios envolvidos com vacinas são Johnson & Johnson e Novavax.

Apesar do otimismo, Gates prega atenção. “Nós deveríamos ficar muito preocupados com o que vai acontecer nos próximos seis meses”, disse. A inquietação está relacionada a uma tendência de aumento de mortes por covid-19 nos EUA, que podem ultrapassar a marca de 2 mil mortes por dia durante o inverno americano.

O que também preocupa Gates, ainda que em uma escala menor, são os recorrentes problema na testagem e na distribuição da vacina. “De uma maneira bem imperfeita, eu acho que o problema de logística será resolvido”, disse. Vale destacar que a vacina CoronaVac, por exemplo, chegou a ter os testes interrompidos brevemente no Brasil.

No Brasil, a Pfizer prevê que milhões de pessoas deverão receber doses do imunizante já durante o primeiro semestre de 2021. Já em relação a CoronaVac, as primeiras 120 mil doses já chegaram ao país.

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