Marte: planeta é uma das categorias que podem ser aplicadas a outros ambientes (ESO/M. Kornmesser/Reprodução)
Victor Caputo
Publicado em 9 de abril de 2018 às 10h10.
Última atualização em 9 de abril de 2018 às 10h10.
São Paulo – Como melhorar a eficiência na busca por vida fora de nosso planeta? Um grupo de cientistas da Plymouth University, no Reino Unido, aposta no uso de inteligência artificial (IA) nesse trabalho.
A proposta deles é usar IA para chegar a listas mais refinadas para buscas e eventuais explorações espaciais. A técnica usada no trabalho do grupo envolveu redes neurais artificiais, ANN, na sigla em inglês.
O time, que faz parte do Centro para Robótica e Redes Neurais da universidade, treinou a inteligência artificial para separar planetas em cinco categorias. Para essa categorização, a IA usa uma estimativa de probabilidade de vida em cada planeta.
As categorias são: Terra atual, Terra primitiva, Marte, Vênus e Titan, a lua de Saturno. Vale notar que todos os cenários são de comparação a planetas rochosos com atmosfera.
Redes neurais como essa usada pelos pesquisadores são sistemas que replicam a forma como humanos aprendem. Esses sistemas são bons em encontrar padrões que seriam invisíveis e complexos demais para um cérebro biológico identificar.
Para esse trabalho, os cientistas tiveram de fornecer centenas de perfis de planetas para que a IA pudesse aprender.
“Dados os resultados até agora, esse método pode se provar extremamente útil para categorizar diferentes tipos de exoplanetas usando dados de observatórios próximos ou na própria Terra”, diz o Dr. Angelo Cangelosi, supervisor do projeto em comunicado.