Da Vinci: pesquisa traçou linhagem cromossômica Y para encontrar pessoas da mesma família que o famoso pintor renascentista (Reprodução/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Thiago Lavado
Publicado em 8 de julho de 2021 às 18h21.
Última atualização em 8 de julho de 2021 às 19h45.
Um estudo histórico da linhagem do artista renascentista Leonardo Da Vinci afirma ter encontrado 14 descendentes vivos dele, o mais jovem com 1 ano de vida.
O projeto, que já existe há décadas, busca reconstruir a genealogia de Da Vinci e traçar descendentes do pintor, engenheiro e cientista que nasceu em 1452 na cidade de Vinci, na Toscana. As novas descobertas foram publicadas em um artigo no jornal Human Evolution.
Da Vinci, que era filho ilegítimo de um nobre da Toscana, não deixou herdeiros e nunca se casou, mas tinha 22 meio-irmãos, dos quais foram traçados o pergil genealógico dele.
Os pesquisadores analisaram o cromossomo Y dos descendentes, que está presente em indivíduos do sexo masculino e é passado de pai para filho. O estudo começa com Michele, o pai de Leonardo e traça a linhagem masculina dele no decorrer de 690 anos.
Os descendentes encontrados têm entre 1 e 85 anos e não moram diretamente em Vinci, mas em cidades próximos, atuando em trabalhos como bancários e artesãos.
Durante os estudos do projeto, os pesquisadores recolheram também informações de arquivos públicos e privados de descendentes do artista. O túmulo de Da Vinci, que foi enterrado na França em 1519, ficava em uma capela em São Florentin, que foi derrubada durante a Revolução Francesa e foi movida para uma capela menor. As descobertas genealógicas podem ajudar a determinar seu local exato hoje.