Buraco negro: Primeira imagem do fenômeno foi revelada em abril deste ano (Event Horizon Telescope (EHT)/National Science Foundation/Reuters)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 9 de setembro de 2019 às 16h30.
Última atualização em 9 de setembro de 2019 às 16h34.
São Paulo – Registrada em abril deste ano, a primeira imagem de um buraco negro foi a vencedora do prêmio Breakthough de 2019, conhecido como o Oscar da Ciência. A honraria vai render 3 milhões de dólares para os cientistas que trabalharam para conseguir o feito.
O montante será dividido entre os 347 pesquisadores envolvidos no projeto, algo em torno de 35 mil dólares para cada um. Para produzir uma única imagem, a equipe armazenou e processou o mesmo volume de dados equivalente à quantidade de selfies que 40 mil pessoas registrariam durante todas as suas vidas.
A imagem do buraco negro M87 foi produzida após uma série de observações realizadas desde abril de 2017 usando oito radiotelescópios em diferentes pontos da Terra. Mesmo um pouco embaçada, ela é considerada fundamental na busca por respostas sobre o comportamento de elementos misteriosos do universo.
Agora, o objetivo é conseguir registrar um vídeo de um buraco negro. A expectativa é de que isso possa ser feito já no ano que vem, mesmo que ainda se trate de uma produção bastante rudimentar. Avanços mais significativos, porém, devem ficar para a próxima década com o surgimento de novas tecnologias de captura de imagens com alta definição e em tempo real.
Dividido em diferentes categorias e patrocinado por importantes figuras do mercado de tecnologia, como Sergey Brin e Mark Zuckerberg, co-fundadores do Google e do Facebook respectivamente, o prêmio Breakthrough existe desde 2012 e premia trabalhos em física, matemática e ciências naturais.