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Petra Gil: como foi o tratamento para o câncer de intestino da cantora do Brasil aos EUA?

O adenocarcinoma, nome oficial do câncer, é o segundo mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama em número de diagnósticos

Preta Gil: veja como foi o tratamento da cantora (Preta Gil/ Instagram/Reprodução)

Preta Gil: veja como foi o tratamento da cantora (Preta Gil/ Instagram/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 21 de julho de 2025 às 11h42.

Última atualização em 21 de julho de 2025 às 11h43.

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Entre os tipos de câncer mais comuns — e perigosos — está o de intestino, que levou a cantora Preta Gil a óbito neste domingo, 20, aos 50 anos. Ela passava por um tratamento experimental nos Estados Unidos para reverter a doença desde maio deste ano.

O adenocarcinoma, nome oficial do câncer da cantora, é o segundo mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama em número de diagnósticos. É também um dos mais perigosos porque facilmente entra em metástase e se espalha para outros órgãos.

No caso de Preta, diagnosticada em janeiro de 2023, o tratamento experimental dos EUA foi recomendado pelos médicos da cantora após um resultado insuficiente pós-quimioterapia. A cantora começou o primeiro tratamento com quimioterapia apenas uma semana após receber o diagnóstico de adenocarcinoma na porção final do intestino.

Diagnóstico, cirurgias e tratamentos

No quinto ciclo do tratamento, Preta sofreu uma sepse e passou por quatro horas de perda de consciência, reanimação e 20 dias de UTI.

“Existem algumas possibilidades para que essa bactéria tenha entrado no meu organismo. A mais latente, a que os médicos acham que pode ter sido, foi através do meu cateter, que eu fazia quimioterapia. Eles acham que pode ter sido por ali,” afirmou a cantora na época, nas redes sociais.

Em agosto de 2023, Preta Gil foi submetida à retirada do tumor, por meio de uma histerectomia total abdominal, onde também há retirada do útero. Aos seguidores, ela contou que o procedimento foi um sucesso e seu corpo estava totalmente livre de células cancerosas. Mas disse que ainda seria submetida a tratamentos adicionais. Posteriormente, contou que também teve que tirar o reto na cirurgia.

No fim do mês de novembro, Preta Gil foi submetida a um procedimento de reconstrução do trato intestinal e de retirada da bolsa de ileostomia, que a auxiliou por três meses na eliminação das fezes. Durante o tratamento ela também passou por sessões de radioterapia. Em dezembro daquele ano, ela anunciou que o câncer havia entrado em remissão.

Um ano após a cirurgia para a retirada do tumor, em agosto de 2024, Preta Gil disse que o câncer havia voltado em outras partes do corpo. A informação foi compartilhada nas redes sociais da cantora, um dia após internação no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O termo médico recidiva significa que o câncer reapareceu no organismo. Isso pode acontecer no mesmo local onde ocorreu o tratamento inicial ou em diferentes órgãos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), mesmo que o câncer se espalhe, ele continua sendo nomeado pelo local onde surgiu pela primeira vez.

A cantora começou novas sessões de quimioterapia. Para não precisar ficar internada no hospital, optou por ser submetida ao tratamento por meio de uma bomba portátil. O aparelho permite que o paciente receba os medicamentos onde quer que esteja.

Em novembro de 2024, Preta Gil precisou passar por uma cirurgia de emergência para solucionar um problema no cateter que evita obstruções do fluxo urinário. Nesse período, a quimioterapia precisou ser interrompida. No mesmo mês, disse que iria aos Estados Unidos em busca de um tratamento alternativo após revelar que a quimioterapia não resultou no efeito desejado.

Como foi o tratamento alternativo e a cirurgia nos Estados Unidos?

No dia 19 de dezembro de 2024, Preta Gil foi submetida a uma cirurgia de 21 horas para a retirada de cinco tumores e precisou colocar uma bolsa de colostomia definitiva e não provisória, como havia acontecido na primeira intervenção.

Ela tinha dois tumores nos linfonodos, estruturas que atuam na remoção de impurezas e na defesa do organismo; um nódulo no uréter, tubo que transporta a urina dos rins para a bexiga; metástase no peritônio, membrana que protege os órgãos abdominais. Após a alta, ela continuou o tratamento em esquema ambulatorial.

No início de abril deste ano, a artista voltou a ser internada por 15 dias para "fazer exames e receber medicações que, no caso dela, precisam ser em um ambiente hospitalar", segundo informações da assessoria de imprensa. Apenas um mês depois da alta, ela voltou a ser internada por alguns dias.

Em maio, ela foi aos Estados Unidos para tentar um tratamento experimental após esgotar as alternativas no Brasil.

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