Einstein: o homem, a lenda e o cientista excêntrico (Bettmann / Colaborador/Getty Images)
Repórter
Publicado em 16 de julho de 2025 às 10h28.
Última atualização em 16 de julho de 2025 às 10h32.
Albert Einstein era conhecido por muitas coisas — sua teoria da relatividade, a famosa equação E = mc², e suas contribuições fundamentais para a física quântica. Mas uma coisa inusitada também marcou a vida do cientista: ele não usava meias. Essa recusa, que pode parecer uma excentricidade, tem uma explicação simples e bastante prática.
Desde jovem, Einstein percebeu que seu dedão do pé frequentemente criava buracos nas meias, o que o irritava profundamente. Incômodo resolvido de maneira pragmática, Einstein decidiu simplesmente abandoná-las.
Em cartas a amigos e familiares, ele explicou que, desde a adolescência, abandonou as meias por esse motivo, considerando-as um item desnecessário em sua vida. Mesmo em ocasiões formais, fazia o possível para se “safar” sem elas, preferindo botas ou sapatos fechados.
Einstein nasceu em 14 de março de 1879 na cidade de Ulm, Alemanha, em uma família judaica. Ele teve uma educação que, inicialmente, não indicava o futuro brilhante que teria. Atingiu sua primeira grande notoriedade com a publicação de quatro artigos fundamentais em 1905, o chamado "ano miraculoso". Entre esses artigos estavam a teoria da relatividade restrita e o trabalho sobre o efeito fotoelétrico.
Mais tarde, se mudou para os Estados Unidos após a ascensão do nazismo na Alemanha, onde continuaria sua carreira e se tornou uma figura globalmente reconhecida não apenas pela ciência, mas também por suas ideias sobre paz, direitos humanos e justiça social.
Einstein trabalhou em diversas universidades renomadas, como a Universidade de Zurique, a Universidade de Berna, a Universidade de Praga, e, mais tarde, na Universidade de Princeton, onde se tornou uma figura central no Instituto de Estudos Avançados. Em 1921, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física, especialmente pelos seus trabalhos sobre o efeito fotoelétrico, um marco na formação da física quântica.
Após a ascensão do regime nazista, Einstein se mudou para os Estados Unidos em 1933, onde se naturalizou americano e continuou suas pesquisas e ensinamentos. Ele permaneceu nos Estados Unidos até sua morte, em 18 de abril de 1955.
Além de suas contribuições científicas, Einstein foi um defensor ativo de causas sociais, incluindo o pacifismo, os direitos humanos e a defesa da liberdade intelectual.
Einstein, além de ser o gênio por trás das maiores descobertas científicas da história, também era conhecido por suas excentricidades que iam além de apenas não usar meias. Entre as excentricidades mais marcantes de Einstein, está o cabelo desgrenhado e o visual desleixado. Raramente se preocupava com sua aparência e preferia manter os cabelos longos e despenteados, mesmo em ocasiões formais. Imagem que ao longo dos anos se tornou uma de suas marcas registradas.
Além disso, Einstein dormia cerca de 10 horas por noite, algo que ele considerava essencial para sua criatividade. Ele acreditava que o sono não era só uma necessidade biológica, mas uma forma de alimentar sua mente e proporcionar-lhe os períodos de descanso necessários para novas ideias. Essa obsessão pelo sono reflete o quanto ele valorizava o equilíbrio entre trabalho e descanso, algo que sempre defendeu.
Outro hábito curioso de Einstein era o de tirar cochilos segurando uma colher de metal. Ele colocava um prato metálico no chão e segurava a colher até adormecer. Quando caía em sono profundo, a colher batia no prato e o barulho o acordava, impedindo-o de entrar em sono profundo e mantendo sua mente criativa e alerta.
Desde a infância, Einstein também tinha um apreço peculiar por construir casas de cartas. Esse passatempo, que aparentemente não passava de uma atividade trivial, ajudava-o a exercitar paciência e foco, habilidades essenciais para seu trabalho científico. Em uma das ocasiões, ele chegou a construir uma casa de cartas de 14 andares.
Einstein também era notoriamente despreocupado com o clima e não usava guarda-chuva. Ele preferia deixar seu cabelo molhar ao invés de se proteger da chuva, porque queria "poupar o chapéu".
Após ser proibido de fumar por motivos de saúde, Einstein não conseguiu abandonar completamente o vício. Ele era apaixonado pelo hábito de fumar e, por isso, pegava bitucas de cigarro que encontrava nas ruas para satisfazer sua vontade.
Em situações sociais, Einstein poderia até mesmo comer gafanhotos, apenas para surpreender e divertir seus amigos, revelando seu senso de humor peculiar. Ele era conhecido por sua atitude irreverente, sempre disposto a desafiar as expectativas para chocar e entreter seus colegas.
Apesar de ser um homem de grande inteligência, Einstein também demonstrava uma certa desatenção para o cotidiano. Era tão distraído que, por diversas vezes, se perdia nas ruas, esquecendo até mesmo o seu endereço.
Apesar de todas essas peculiaridades, uma de suas características mais marcantes era sua preferência pelo lazer solitário. Einstein era um introvertido, que apreciava longos períodos sozinho, seja caminhando, navegando ou refletindo.
As contribuições de Einstein para a ciência são imensuráveis e transformaram a maneira como se entende o universo. Entre suas descobertas mais notáveis, destacam-se a teoria da relatividade restrita, que desafiou as noções tradicionais de espaço, tempo e movimento, e a famosa equação E = mc², que mostrou a equivalência entre massa e energia, fundamentais para o desenvolvimento da energia nuclear e influenciando diversas tecnologias modernas.
Mais tarde, sua teoria da relatividade geral, desenvolvida entre 1915 e 1916, revolucionou a compreensão da gravidade, explicando-a como a curvatura do espaço-tempo gerada pela presença de massa e energia. Essa teoria é crucial para a astronomia moderna, para o entendimento de fenômenos como buracos negros e a expansão do universo, e até para o funcionamento de sistemas de navegação por satélite, como o GPS.
Einstein também fez uma contribuição fundamental para a física quântica com sua explicação do efeito fotoelétrico. Sua explicação de que a luz podia ser entendida como partículas chamadas fótons foi um marco no desenvolvimento da teoria quântica, e teve aplicações práticas que geraram células fotovoltaicas, que hoje são a base dos painéis solares.