Brasil

Plataforma para rastrear medicamentos será apresentada

Meta é de que até dezembro de 2016 todas as indústrias tenham mecanismos semelhantes e o sistema esteja em pleno funcionamento


	Remédios: com o novo sistema, embalagens do medicamentos deverão conter um código de barras bidimensional
 (Getty Images)

Remédios: com o novo sistema, embalagens do medicamentos deverão conter um código de barras bidimensional (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 20h40.

Brasília - O Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), que deveria estar em pleno funcionamento no Brasil há pelo menos dois anos, dá amanhã (8) o primeiro passo para sair do papel.

Será apresentada a primeira plataforma para rastrear medicamentos, desenvolvida pelo farmacêutica Libbs.

A meta é de que até dezembro de 2016 todas as indústrias tenham mecanismos semelhantes e o sistema esteja em pleno funcionamento - portanto quatro anos depois do cronograma inicial.

"O sistema vai garantir não apenas a segurança do paciente, mas também facilitar a vigilância sanitária e o controle da produção de medicamentos no Brasil", afirmou o ministro da Saúde Arthur Chioro, que deve participar da cerimônia de apresentação da plataforma.

Com o novo sistema, embalagens do medicamentos deverão conter um código de barras bidimensional, uma espécie de RG do medicamento.

O mecanismo permitirá a identificação do local e data da produção do medicamento, como foi distribuído e em que farmácia foi comercializado.

"Tudo isso vai facilitar muito a identificação do produto, em casos de desvio de qualidade, em casos de necessidade de recolhimento de produtos com problemas", disse Chioro.

O ministro está convicto de que o sistema permitirá um controle de toda a cadeia, tornando mais fácil a identificação de eventuais casos de fraude, contrabando ou roubo de cargas.

A demora na implantação teve como principal causa a polêmica em torno da metodologia que seria adotada para mudança das embalagens.

A primeira proposta previa que o sistema contaria com um selo, produzido pela Casa da Moeda - um modelo criticado pelo setor produtivo. O impasse somente foi solucionado ano passado, quando as novas regras foram aprovadas.

O cronograma prevê que, até dezembro de 2015, todas as indústrias coloquem no mercado pelo menos três lotes de medicamentos já produzidos com embalagem que permita o rastreamento.

A partir de dezembro de 2016, todo o mercado farmacêutico terá de ter os mecanismos para fazer o rastreamento.

De acordo com o Ministério da Saúde, Itália e Turquia são os únicos países que já contam com um sistema de rastreabilidade de medicamentos em pleno funcionamento.

Na Argentina, a política está em processo de ampliação e Estados Unidos estudam a possibilidade de adotar um sistema de controle.

No formato brasileiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comanda um comitê gestor formado por 25 entidades públicas, privadas e do terceiro setor encarregadas de discutir a articulação e a implantação do sistema de monitoramento no País.

Acompanhe tudo sobre:MedicinaMinistério da SaúdeRemédiosSaúdeSaúde no Brasil

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP