Planetas: os 7 que orbitam a Trappist-1 podem até abrigar vida por suas condições (NASA/JPL/Divulgação)
AFP
Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 16h50.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2018 às 16h57.
Os sete planetas recentemente descobertos em órbita em torno da pequena estrela Trappist-1, localizada em nossa galáxia, a 40 anos-luz da Terra, são rochosos, teriam água e, teoricamente, poderiam hospedar a vida, anunciaram nesta segunda-feira (5) os pesquisadores que estudam este sistema distante.
"Todos os sinais atualmente em estudo são verdes", declarou Amaury Triaud, um astrônomo da Universidade de Birmingham, coautor do estudo.
"Por enquanto, nenhum dado nos permite dizer que eles não são habitáveis", ressaltou.
Em fevereiro de 2017, uma equipe internacional causou furor ao anunciar a descoberta de um sistema fascinante de sete exoplanetas de tamanhos próximos ao da Terra em torno de uma estrela anã, pouco luminosa e fria.
Eles acrescentaram que três desses exoplanetas (Trappist-1 e, f e g) estavam na zona "habitável" do sistema, ou seja, seriam capazes de abrigar água em estado líquido em sua superfície.
Desde então, os astrônomos recolheram mais informações sobre a estrela, seus planetas e suas atmosferas.
Em particular, eles conseguiram refinar as medidas de tamanho e massa dos planetas, determinando que os sete planetas eram principalmente rochosos e que alguns poderiam ter até 5% de sua massa composta de água. Em termos de comparação, a água constitui apenas 0,1% da massa terrestre.
Quanto às chances dos planetas de abrigar a vida, "não podemos dizer nada nesta fase, porque são muito diferentes do único planeta que abriga vida (a Terra)", disse Amaury Triaud à AFP.
"Mas eles têm características apropriadas e representam até hoje o melhor lugar além do nosso sistema para procurar sinais de habitabilidade e sinais de vida", acrescentou.
"Em termos de tamanho, densidade e quantidade de radiação recebida de sua estrela, o quarto planeta é o mais parecido com a Terra. Parece ser o planeta mais rochoso de todos, mesmo que a presença de água não seja excluída", indica uma declaração do CNRS, que participou dos estudos.
Estes trabalhos foram publicados nas revistas Nature Astronomy e Astronomy and Astrophysics.