Ciência

Pfizer testa remédio oral para prevenção da covid-19

Várias empresas trabalham em possíveis antivirais orais, que imitariam o que o medicamento Tamiflu faz contra a gripe e evitariam que a doença progredisse para um estado grave

Pfizer: o ensaio clínico envolverá 2.600 adultos que participarão dos testes assim que apresentarem sinais de infecção por covid-19 (Okskaz/Getty Images)

Pfizer: o ensaio clínico envolverá 2.600 adultos que participarão dos testes assim que apresentarem sinais de infecção por covid-19 (Okskaz/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de setembro de 2021 às 15h57.

Última atualização em 27 de setembro de 2021 às 15h58.

A farmacêutica norte-americana Pfizer disse nesta segunda-feira (27) que iniciou os ensaios clínicos de fase intermediária e avançada de uma pílula para prevenir a covid-19 em pessoas expostas ao vírus.

Várias empresas trabalham em possíveis antivirais orais, que imitariam o que o medicamento Tamiflu faz contra a gripe e evitariam que a doença progredisse para um estado grave.

"Acreditamos que o combate ao vírus exigirá tratamentos eficazes para as pessoas que contraírem ou forem expostas ao vírus, complementando o impacto que as vacinas tiveram", disse Mikael Dolsten, chefe de pesquisa científica da empresa.

A Pfizer começou a desenvolver esse medicamento, batizado de PF-07321332, em março de 2020 e está avaliando-o em combinação com o ritonavir, que já é usado contra o vírus da aids.

O ensaio clínico envolverá 2.600 adultos que participarão dos testes assim que apresentarem sinais de infecção por covid-19 ou assim que souberem que foram expostos ao vírus.

Eles receberão aleatoriamente uma combinação de PF-07321332 e ritonavir, ou um placebo, duas vezes ao dia por cinco a dez dias.

O objetivo do teste é determinar a segurança e eficácia dos medicamentos na prevenção de uma infecção por SARS-CoV-2 - o vírus que causa a covid-19 - e o desenvolvimento de sintomas até o 14º dia após a exposição.

A pílula é conhecida como um "inibidor da protease" e, em testes de laboratório, demonstrou interromper o efeito de replicação do vírus.

Se funcionar na vida real, pode ser eficaz apenas nos estágios iniciais da infecção. A partir do momento em que a covid progride para um estado grave, o vírus basicamente parou de se replicar e os pacientes sofrem de uma resposta imunológica hiperativa.

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