Pfizer: Há uma longa fila de países esperando pela vacina da empresa (Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 5 de dezembro de 2020 às 09h00.
A BioNTech disse que está dentro da meta para produzir 50 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 com a parceira Pfizer neste ano, e busca amenizar preocupações de que não conseguirão atingir os objetivos de produção.
Até sexta-feira, as empresas haviam produzido a maior parte das doses prometidas para este ano, disse a BioNTech em comunicado à Bloomberg. Para 2021, as empresas buscam maneiras de aumentar a capacidade de produção além da promessa de 1,3 bilhão de doses.
A produção das farmacêuticas está sob escrutínio minucioso depois que Pfizer e BioNTech receberam a primeira aprovação de comercialização do mundo ocidental para uma vacina contra a Covid, concedida pelo Reino Unido nesta semana. EUA e Europa podem seguir a decisão neste mês.
Os parceiros esperavam inicialmente produzir até 100 milhões de doses neste ano, meta que foi cortada pela metade em 9 de novembro, após mudanças nos cronogramas regulatórios e de aprovação, entre outros fatores, disse a BioNTech. Reportagem do Wall Street Journal na quinta-feira sobre o ajuste gerou questionamentos se as empresas seriam capazes de cumprir as metas.
“Estamos aumentando a produção extremamente rápido”, disse o diretor comercial da BioNTech, Sean Marett, à Bloomberg Television nesta semana.
Há uma longa fila de países esperando pela vacina. Os parceiros assinaram acordos de fornecimento para mais de 570 milhões de doses e estão em negociações com mais de duas dezenas de países, disse Marett em entrevista.
Na quinta-feira, o secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse que um lote inicial de 800 mil doses será administrado a partir da próxima semana, e que não seria “irracional” esperar 5 milhões até o final do ano. O país encomendou 40 milhões de doses, a maioria das quais será entregue em 2021.
A Moderna, que também busca autorização emergencial para uma vacina baseada em RNA mensageiro, disse que teria entre 100 milhões e 125 milhões de doses disponíveis globalmente no primeiro trimestre do próximo ano.