Ciência

Pfizer e AstraZeneca são eficazes contra variante delta, aponta estudo

O estudo aponta que após duas doses, a vacina da Pfizer foi 88% eficaz contra casos sintomáticos da delta. O imunizante da AstraZeneca foi 67% eficaz

Vacina x variantes: o resultado do estudo reforça a importância de completar o ciclo vacinal com as duas doses  (SeongJoon Cho/Bloomberg)

Vacina x variantes: o resultado do estudo reforça a importância de completar o ciclo vacinal com as duas doses  (SeongJoon Cho/Bloomberg)

AM

André Martins

Publicado em 21 de julho de 2021 às 18h47.

Última atualização em 21 de julho de 2021 às 19h13.

As vacinas contra covid-19 da AstraZeneca e da Pfizer são eficazes contra a variante delta do novo coronavírus após as duas doses, segundo estudo do Reino Unido com mais de 19.000 pessoas.

O estudo publicado nesta quarta-feira, 22, na revista cientifica New England Journal of Medicine e revisado por pares, aponta que após duas doses com duas semanas para fazer efeito, a vacina da Pfizer foi 88% eficaz contra casos sintomáticos da delta. O imunizante da AstraZeneca foi 67% eficaz.

A pesquisa também apontou que, com apenas uma dose, a vacina da Pfizer foi 36% eficaz contra os casos sintomáticos da variante identificada pela primeira vez na Índia, enquanto a vacina da AstraZeneca foi 30% eficaz. O resultado do estudo reforça a importância de completar o ciclo vacinal com as duas doses. 

Os pesquisadores não estimaram a eficácia dos imunizantes para casos graves e mortes neste estudo, mas outras pesquisas — e dados hospitalares — sugerem que as vacinas contra a covid-19 ainda são extremamente eficazes para evitar óbitos e internações.

Dados de Israel estimaram uma menor eficácia da vacina da Pfizer contra doenças sintomáticas causadas pela delta, embora a proteção contra doenças graves continue alta.

A variante delta é a mais transmissível das linhagens já catalogadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas não há dados que indiquem que ela provoque casos mais graves de covid-19. Os números da linhagem no mundo mostram que menos pessoas evoluíram para quadros graves ou acabaram morrendo ao contrair a delta, mas tais dados se confundem com o fato de que ela surgiu, a princípio, em nações onde já havia grande parte da população vacinada. É o caso, por exemplo, do Reino Unido.

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre vigilância genômica do novo coronavírus, o Brasil já registrou mais de 110 casos da variante delta. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro admitem transmissão comunitária,

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