Ao menos 240 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus em Israel mesmo após terem a vacina da farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech.
A informação, dada pela emissora de televisão israelense Channel 13, serve como alerta: a vacina pode demorar para atingir seu nível mais alto de eficácia e medidas como o distanciamento social e uso de máscaras continuam necessárias até o corpo humano desenvolver os anticorpos necessários contra a covid-19.
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No caso da vacina da Pfizer, especialistas acreditam que a imunidade ao vírus aparece somente entre oito e dez dias após a primeira dose — com cerca de 50% de eficácia. A segunda dose, então, é essencial para garantir uma taxa de imunidade mais alta, e é administrada depois de 21 dias da primeira.
Com ambas as doses, a vacina alcança 95% de eficácia — nível atingido apenas após cerca de uma semana da administração da segunda dose.
Isso significa que, se um indivíduo for infectado antes de receber a primeira dose da vacina ou durante as semanas que antecedem o nível máximo de eficácia, ele ainda corre o risco de apresentar os sintomas da doença (como febre, dores de cabeça, falta de ar e perda do olfato e paladar). A infecção das pessoas não quer dizer que a vacina não funciona.
Segundo um site que monitora a imunização das pessoas contra o SARS-CoV-2 no mundo, Israel é o país que mais vacinou sua população nas últimas semanas, com uma taxa de 12,59%. O segundo país com o maior número de vacinações é Bahrein, no Oriente Médio, com 3,57% da população vacinada. Em terceiro lugar está o Reino Unido, com 1,39%.
A vacina da Pfizer tem como base o RNA mensageiro, que tem como objetivo produzir as proteínas antivirais no corpo do indivíduo. Com a injeção, o conteúdo é capaz de informar as células do corpo humano sobre como produzir as proteínas capazes de lutar contra o coronavírus.
O problema é que as vacinas do tipo precisam ser armazenadas em temperaturas muito baixas, de cerca de -70 ºC, enquanto vacinas de DNA podem ser guardadas em temperatura ambiente.
As fases para a aprovação de uma vacina
Para uma vacina ser aprovada, ela precisa passar por diversas fases de testes clínicos prévios e em humanos. Primeiro, ela passa por fases pré-clínicas, que incluem testes em animais como ratos ou macacos para identificar se a proteção produz resposta imunológica.
A fase 1 é a inicial, quando os laboratórios tentam comprovar a segurança de seus medicamentos em seres humanos; a segunda é a fase que tenta estabelecer que a vacina ou o remédio produz imunidade contra um vírus. Já a fase 3 é a última do estudo e tenta demonstrar a eficácia da imunização.
Uma vacina é finalmente disponibilizada para a população quando essa fase é finalizada e a proteção recebe um registro sanitário. Por fim, na fase 4, a vacina ou o remédio é disponibilizado para a população. Para chegar mais rápido ao destino, muitas opções contra a covid-19 nem passaram pela fase pré-clínica e outras estão fazendo fases combinadas, como a 1 e a 2 ao mesmo tempo.
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