Ciência

Pesquisadores desenvolvem nanorobô que se monta sozinho em minutos

Antes da descoberta, levaria dias para um modelo do tipo ficar pronto

Os nanorobôs podem caçar e combater células cancerígenas, além de realizarem operações computacionais dentro de um organismo vivo (APM/Getty Images)

Os nanorobôs podem caçar e combater células cancerígenas, além de realizarem operações computacionais dentro de um organismo vivo (APM/Getty Images)

Algum dia, acreditam os cientistas, minúsculos robôs baseados em DNA e outros nanomateriais devem se tornar os responsáveis por levar doses de medicamentos em qualquer lugar do corpo humano, fazer o papel das vacinas e também ajudar em cirurgias sem corte algum, de formas cada vez mais precisasNesse sentido, na segunda-feira, 19, pesquisadores da Universidade de Ohio, nos Estados Unidosdemonstraram como deram um grande passo em direção a esse futuro.

Publicado na revista cientifica Nature Materials, o estudo apresenta um novo software chamado de MagicDNA, que ajuda os pesquisadores a projetar maneiras de pegar filamentos minúsculos de DNA e combiná-los em estruturas complexas com partes como rotores e dobradiças que podem se mover e completar uma variedade de tarefas, incluindo a administração de medicamentos. 

Os pesquisadores vêm fazendo isso há vários anos com ferramentas mais lentas e com etapas manuais muito vagarosas, disse coautor do estudo Carlos Castro, professor associado de engenharia mecânica e aeroespacial da Universidade de Ohio. "Mas agora, os nanodispositivos que antes demoravam semanas para serem projetados, levam apenas alguns minutos", disse. 

Assista o vídeo que mostra o funcionamento do nanorobô de DNA:

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O software tem uma variedade de vantagens que ajudarão os cientistas a projetar nanodispositivos melhores e mais úteis e, assim esperam os pesquisadores, reduzir a espera pela aplicação deles na rotina médica. 

Uma das vantagens é  ealizar todo o projeto em 3D — as ferramentas de design anteriores permitiam apenas a criação em 2-D. Isso significava que os desenvolvedores não podiam tornar os dispositivos multiuso. 

Nos testes atuais, alguns dos dispositivos que eles criaram incluíam braços de robô com garras que podem pegar itens menores e uma estrutura do tamanho de cem nanômetros que se parecia com um avião (tal "avião" é 1000 vezes menor que a largura de um cabelo humano).  

Espera-se que, nos próximos anos, o software MagicDNA seja usado em universidades e outros laboratórios de pesquisa. Mas seu uso pode se expandir ainda mais no futuro.

 

 

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