Ciência

Pesquisadores criam máscara que mata coronavírus com carregador de celular

Os cientistas afirmaram que processo de desinfecção leva cerca de 30 minutos, e os usuários não devem usar a máscara enquanto estiver carregando

Máscaras: pesquisador disse que as máscaras descartáveis comuns não são econômicas e nem ecológicas (Aleksandr Zubkov/Getty Images)

Máscaras: pesquisador disse que as máscaras descartáveis comuns não são econômicas e nem ecológicas (Aleksandr Zubkov/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de junho de 2020 às 15h41.

Última atualização em 17 de junho de 2020 às 15h51.

Pesquisadores israelenses afirmaram que criaram uma máscara reutilizável que pode matar o coronavírus com calor, consumindo energia de carregadores de celular.

O processo de desinfecção leva cerca de 30 minutos - e os usuários não devem usar a máscara enquanto estiver conectada no carregador, disse o professor Yair Ein-Eli, que liderou a equipe de pesquisa da Universidade Technion em Haifa.

A máscara possui uma entrada USB que se conecta a uma fonte de energia, como um carregador de celular padrão, que então aquece uma camada interna de fibras de carbono a 70 graus Celsius, temperatura alta o suficiente para matar o vírus.

Ein-Eli disse que as máscaras descartáveis comuns não são econômicas e nem ecológicas. "Você precisa torná-la reutilizável e ecológica, e esta é a nossa solução", disse ele.

O professor Allon Moses, especialista em doenças infecciosas do Centro Médico Hadassah de Jerusalém, disse que "não há dúvida" de que a exposição de meia hora ao calor de 70 graus mataria o coronavírus.

Mas ele alertou que aquececer repetidamente a máscara pode "danificar o papel ou tecido da máscara e estragar sua capacidade de proteção de doenças no futuro".

Durante o teste, o protótipo foi exposto a 20 ciclos de aquecimento, cada um por meia hora, sem afetar a durabilidade, disse Ein-Eli. "Podemos garantir até algumas dezenas de ciclos, sem nenhum risco", acrescentou.

Os pesquisadores apresentaram uma patente para a máscara nos Estados Unidos no final de março e dizem estar discutindo a comercialização do produto com empresas interessadas em produzí-la.

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